terça-feira, 19 de março de 2013

Economia Global


Embalada por dados econômicos da China e dos Estados Unidos, o Dow Jones, em 8 de março de 2013, teve alta pela sexta vez, superando o recorde pela quarta vez seguida, com ganho de 11,3% em 2013. A Nasdaq também alcança novo recorde histórico. A criação de 236 mil novos empregos nos Estados Unidos e o crescimento de 20% nas exportações na China em fevereiro são notícias otimistas para as bolsas do mundo.

A bolsa de Tóquio subiu 2,64%, e o índice Nikkei tocou no maior nível desde 10 de setembro de 2008. A revisão do PIB do quarto trimestre de 2012 mostrou alta de 0,2%, portanto, o Japão saiu tecnicamente da recessão.

A declaração do novo Poliburo da China de combater a corrupção e a ineficiência, a manutenção da política monetária de “easy money” para investimento na infra-estrutura e o recente entendimento entre a China e os Estados Unidos em condenar a ameaça de mísseis nucleares da Coréia do Norte, impulsionaram a bolsa de Shanghai para cima. E as bolsas da Ásia, Índia, Indonésia, Filipinas, Singapura e Coréia do Sul subiram todas em conjunto.

Na América Latina, o destaque é o México. The México Fundo (MXF), composto pelas ações mais importantes do México, negociado na NYSE em dólar, subiu 33% (de $26,75 em fim de novembro de 2012 para $35,62 em 15 de março de 2013). A cotação ficou com um prêmio de 9,13% acima da NAV (Net Asset Value), uma performance inédita nos últimos anos. Isto reflete um grande otimismo após a eleição de Enrique Nieto que advoga transformar a PEMEX (Petróleo México), de monopólio estatal, em companhia aberta com participações das grandes empresas petrolíferas internacionais. Além disso, as multinacionais americanas (GE, GM, Nissan, etc) estão mudando as operações de manufatura da China para o México (“Made in China” para “Hecho no México”). Agora a mão de obra é tão barata quanto à da China, e o custo de transporte terrestre do México para os Estados Unidos é um terço do frete transoceânico da China para a América.

A economia global está mais otimista com a economia de mercado e menos intervenção dos governos. E o Brasil? Quando o governo brasileiro vai acordar e seguir o caminho que os outros países do mundo estão trilhando?

terça-feira, 12 de março de 2013

Petrobrás e petróleo



Na semana passada (4 a 8 de março) a Bovespa subiu 2,7%, revertendo diversas semanas de queda. A surpresa foi Petrobrás que, de repente, subiu 14,5% (PN) e 21% (ON) em dois dias (6 e 7 de março). Até hoje, ninguém soube explicar o porquê. A alta do preço do diesel? Talvez o preço do papel estivesse barato demais depois de dois anos de queda. Estou sofrendo um grande prejuízo com a subscrição da PN a R$ 26, em setembro de 2010. O papel teve queda livre desde que o governo usou e abusou da Petrobrás como instrumento para frear a taxa de inflação. O momento de comprar Petrobrás seria quando o preço internacional do petróleo cair de $90 para $60 por barril (o custo cair um terço) e a empresa não for obrigada a baixar os preços da gasolina e do diesel. A lógica é: quando o preço internacional do petróleo sobe, os preços dos derivativos não são permitidos a subir de acordo. Daí, quando o preço internacional cair, o governo não poderá obrigar a Petrobrás a baixar os preços da gasolina e do diesel.

Alguém pode pensar que minha especulação de que o preço do petróleo possa cair de $ 90 para $ 60 por barril seja o meu “day dream”. Quem sabe? O preço do petróleo, como qualquer commodity, é imprevisível. Se nos últimos anos o preço subiu de $30 para $90, não é razoável que retroceda um terço, para $60?