
Há meses que o Banco Central do Brasil vem mantendo o juro a 13,75%, enquanto todos os bancos centrais do mundo vêm cortando os juros agressivamente diante do cenário de recessão. Finalmente o Brasil acordou para o fato de que o nosso problema não é mais a inflação, mas sim a recessão e o desemprego. O Brasil foi o último país a acordar, mas não será o primeiro a encerrar o corte. Uma vez começado o corte, “there is a long way to go”. Diante da inflação anual de 6 a 8%, o Banco Central poderia cortar o juro para 8%, ou 12 vezes ao ritmo de 0,5% por vez. Se o corte acontecer a cada 60 dias, o processo levaria 2 anos. O mercado e os economistas, inclusive o Sr. Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul, questionam porque o corte é anunciado somente em dias marcados de reuniões do Comitê de Política Monetária. Por que não pode ser antes, se o desemprego continua e a recessão se aprofunda?