Prezados leitores,
Vou estar na China até meados de novembro, logo não haverá posts durante este período.
Qualquer observação interessante será postado no blog quando eu retornar.
Até a volta !
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Marcas e Patentes
Se o valor do ativo tangível de uma companhia (fábrica, etc.) é baixo comparado ao seu valor de mercado, seu “ratio” preço/book value seria alto. Essa discrepância poderia ser devido aos ativos intangíveis.
Por exemplo:
COMPANHIA – PREÇO (8/5/09) - PREÇO/BOOK
Colgate – 62.16 – 17.6
Avon – 22.94 – 14.5
Altria – 17.13 – 12.5
Kellog – 42.79 – 11.3
Não se assuste com os preços destas ações, cotadas mais de 10 vezes os seus valores contábeis. Pode ser que o preço não esteja alto. E o book value é que está baixo. Book value representa o custo histórico dos ativos da companhia, mas não representa o valor verdadeiro. O valor escondido ou intangível está nas marcas e patentes.
Coca-cola, a marca nº 1 do mundo, tem um valor intangível incalculável. A velha piada diz: “na corrida para chegar à lua, se os russos chegarem primeiro, vão pintar a lua de vermelho; se os americanos chegarem primeiro, vão pintar a lua de Coca-cola”.
Focar nas companhias com patentes promissoras é outra maneira de achar o valor intangível. Desde 1993, a IBM ganhou $ 10 bilhões com “patent royalties”, monetarizando as inovações. A consultoria Ocean Tomo procurou outros candidatos com potencial de monetarizar o valor de patentes, e listou as seguintes empresas como promissoras: Cardinal Health, General Eletric, Honeywell International, Royal Dutch Shell e Texas Instruments.
Quais são as empresas brasileiras que têm marcas de destaque e/ou possuem patentes para faturar em cima das inovações?
Por exemplo:
COMPANHIA – PREÇO (8/5/09) - PREÇO/BOOK
Colgate – 62.16 – 17.6
Avon – 22.94 – 14.5
Altria – 17.13 – 12.5
Kellog – 42.79 – 11.3
Não se assuste com os preços destas ações, cotadas mais de 10 vezes os seus valores contábeis. Pode ser que o preço não esteja alto. E o book value é que está baixo. Book value representa o custo histórico dos ativos da companhia, mas não representa o valor verdadeiro. O valor escondido ou intangível está nas marcas e patentes.
Coca-cola, a marca nº 1 do mundo, tem um valor intangível incalculável. A velha piada diz: “na corrida para chegar à lua, se os russos chegarem primeiro, vão pintar a lua de vermelho; se os americanos chegarem primeiro, vão pintar a lua de Coca-cola”.
Focar nas companhias com patentes promissoras é outra maneira de achar o valor intangível. Desde 1993, a IBM ganhou $ 10 bilhões com “patent royalties”, monetarizando as inovações. A consultoria Ocean Tomo procurou outros candidatos com potencial de monetarizar o valor de patentes, e listou as seguintes empresas como promissoras: Cardinal Health, General Eletric, Honeywell International, Royal Dutch Shell e Texas Instruments.
Quais são as empresas brasileiras que têm marcas de destaque e/ou possuem patentes para faturar em cima das inovações?
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
China goes shopping (2ª parte)
Os apoios para as expedições internacionais vêm de cima para baixo, desde o Politburo. “Devemos encorajar nossas grandes empresas a entrar no mercado internacional e expandir seus negócios”, disse Li Rongrong, chefe da agência responsável pelas grandes empresas estatais na China.
O que a China está comprando?
A China favorece as aquisições que não colidam com as multinacionais do mundo. A compra da Addax Petroleum da Suíça faz a Sinopec ter acesso ao petróleo kurdish e nigeriano sem soar o alarme para o mundo.
Mas quando a Chinalco (Aluminum Corp.) a China planejava investir $ 19 bilhões na mineradora anglo-australiana Rio Tinto, a estória é diferente. Os acionistas questionaram a prudência de vender a fatia de 18% para a Chinalco. Os políticos, abertamente, condenaram o negócio. “A entidade estatal da China é meramente um braço do Partido Comunista”, disse o senador australiano Barnaby Joyce. Com o negócio com a Rio Tinto não saiu, a China pode tentar a Vale do Rio Doce (um “Rio” diferente, mas o minério é o mesmo).
Uma área onde a China anda devagar é nos Estados Unidos. Lembre-se da oferta abortada de 2005 da China National Offshore Oil pela Unocal que criou uma tempestade no Congresso americano. “A percepção chinesa é que eles tentam comprar companhias usando o mecanismo do mercado sem prever o eventual envolvimento com as controvérsias políticas”, comentou um assistente do secretário de Estado do governo Bush.
Mas, o incidente com os Estados Unidos não impede os esforços chineses em outros lugares. O shopping continua. China Minmetals fez oferta de $1,4 bilhões pelo Oz Minerals. Hunan Valin Iron & Steel investiu $ 770 milhões em Fortescue Metals. Ambos na Austrália. “É natural que as companhias, ao crescer, procurem novas oportunidades fora do país”, disse o professor de Finanças Zhou. “Haverá mais shopping no exterior. E o mundo se acostumará com isso”.
Após a Austrália, quando os chineses virão fazer shopping no Brasil?
O que a China está comprando?
A China favorece as aquisições que não colidam com as multinacionais do mundo. A compra da Addax Petroleum da Suíça faz a Sinopec ter acesso ao petróleo kurdish e nigeriano sem soar o alarme para o mundo.
Mas quando a Chinalco (Aluminum Corp.) a China planejava investir $ 19 bilhões na mineradora anglo-australiana Rio Tinto, a estória é diferente. Os acionistas questionaram a prudência de vender a fatia de 18% para a Chinalco. Os políticos, abertamente, condenaram o negócio. “A entidade estatal da China é meramente um braço do Partido Comunista”, disse o senador australiano Barnaby Joyce. Com o negócio com a Rio Tinto não saiu, a China pode tentar a Vale do Rio Doce (um “Rio” diferente, mas o minério é o mesmo).
Uma área onde a China anda devagar é nos Estados Unidos. Lembre-se da oferta abortada de 2005 da China National Offshore Oil pela Unocal que criou uma tempestade no Congresso americano. “A percepção chinesa é que eles tentam comprar companhias usando o mecanismo do mercado sem prever o eventual envolvimento com as controvérsias políticas”, comentou um assistente do secretário de Estado do governo Bush.
Mas, o incidente com os Estados Unidos não impede os esforços chineses em outros lugares. O shopping continua. China Minmetals fez oferta de $1,4 bilhões pelo Oz Minerals. Hunan Valin Iron & Steel investiu $ 770 milhões em Fortescue Metals. Ambos na Austrália. “É natural que as companhias, ao crescer, procurem novas oportunidades fora do país”, disse o professor de Finanças Zhou. “Haverá mais shopping no exterior. E o mundo se acostumará com isso”.
Após a Austrália, quando os chineses virão fazer shopping no Brasil?
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