Todas as bolsas do mundo
caíram bem no mês de janeiro de 2014. Estados Unidos, Europa, China. O Brasil é
o campeão de queda. Bovespa caiu 7,5% em um singular mês. Subiram o valor do
dólar, 2,4%, a taxa Seliq, para 10,5%, e a minha pressão sanguínea, além da
glicose.
As bolsas americanas caíram
em função da diminuição do estimulo econômico pelo Federal Reserve. As bolsas
européias “tag along”, e em função da alta taxa de desemprego. A China caiu com
a projeção de crescimento menos robusto (somente 7% ao ano). No Brasil o
ambiente ainda é de pessimismo por conta da desconfiança em relação à gestão da
economia pelo governo e da perspectiva de baixo crescimento da atividade. O
governo da Dilma manobra os preços da gasolina e do diesel para frear a
inflação, deixando a Petrobrás num beco sem saída. Petrobrás lidera a queda que
atingiu todo o mercado. Responsáveis por 44% do giro da bolsa, os investidores
estrangeiros vêm optando por sair do pregão brasileiro.
O cenário ruim deve continuar
em 2014. Quando os Estados Unidos sobem, o Brasil cai. Quando os Estados Unidos
caem, o Brasil cai mais ainda. Logo o mercado entra na fase de desespero, e
desespero é o momento de reviravolta. Porém, eu, e a maioria dos investidores,
não temos coragem nem cash para comprar mais ações para fazer média.
Minha lógica é bem simples:
não comprar nem vender. “Stay put” com o portfolio atual, e viver com o
dividendo. Mais cedo ou mais tarde, a tempestade passa.