No meu artigo “Giant
state-owned firms have fallen back out of fashion” (3/10/2013), concluo dizendo
que “após refletir sobre esse artigo, cheguei à conclusão de que deveria
realizar prejuízo com as minhas ações de Petrobrás e Banco do Brasil’”.
Lamentavelmente não vendi
nem Petrobrás nem Banco do Brasil por pura inércia. Em 1/11/2013, Banco do
Brasil atingiu 29,70. Não dei a ordem de venda para o meu corretor. Não tive
coragem de realizar prejuízo, ou eu estava esperando que o papel subisse um
pouco mais. Três meses depois o papel caiu 30%, para 20,82. Saber o que se deve
fazer é uma coisa, determinação para fazê-lo é outra. Indecisão, inércia,
ganância ou estupidez. Se fosse um administrador de fundos de investimento,
mereceria perder o emprego.
Durante 60 anos da minha
carreira de investimento já desperdicei muitas oportunidades de compra e venda.
Mas também segurei boas oportunidades de ótimos lucros. O evento mais memorável
foi a compra de Petroquisa pelo preço abaixo do seu cash por ação e,
posteriormente, fui remunerado com um dividendo astronômico quando a empresa
fechou o capital.
Lucro ou prejuízo, na média
o resultado foi positivo e satisfatório. Agora, porém, com o avanço da idade, o
raciocínio mais devagar, a indecisão e a inércia mais freqüente, estou
debatendo comigo se não está na hora de me aposentar, e pedir aos meus filhos e
netos para cuidarem da administração dos meus investimentos.