
Mas agora os líderes de Abu Dhabi estão mais exigentes em troca de novos financiamentos. Abu Dhabi pode querer participações nas “crown jewel” companhias, como Emirates Airlines, DP World (operadora dos portos) e Dubai Aluminum. As eventuais participações podem consolidar estas companhias com as de Abu Dhabi, tal como Etihad Airways. Até agora, o Sheikh Mohammed tem evitado qualquer take over de equity em Dubai, frustrando uma venda de 20% da DP World por US$ 2 bilhões para a Abraaj Capital, uma firma de Dubai de private equity, e China Investment Corp., Sovereign wealth fund de Beijing.
Mas uma inadimplência de Dubai vai sacudir a confiança dos investidores em toda a U.A.E (United Arab Emirates), inclusive Abu Dhabi. Os outros emirados não podem deixar isso acontecer.
Mas aconteceu o que o mercado temia.
O conglomerado estatal Dubai World, holding que cuida dos principais investimentos do governo de Dubai, anunciou em 26 de novembro uma moratória de seis meses do pagamento de US$ 59 bilhões de dívidas do grupo. As bolsas européias caíram 3% e a Bovespa caiu 2,25% (as bolsas americanas tiveram feriado de Thanksgiving).
Na bolsa de Londres, o setor bancário, RSB, Lloyds, HSBC, caíram violentamente. As agências de classificação de risco, Moody’s e Standard & Poor’s, baixaram a nota das grandes companhias do governo de Dubai.
O caso Dubai serviu como pretexto para a realização de lucros, na Bovespa, inclusive.
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