Ultimamente foram publicados dois livros sobre Keynes: Robert Skidelsky: “Keynes, The return of the Master”, e Peter Clark, “Keynes, The Rise, Fall and Return of the 20th Century’s most influential economist.” Sintetizando, ambos acham que com o fracasso do nosso sistema econômico e a recessão mundial beirando a depressão, está na hora do retorno da revolução Keynesiana – a economia pode ser estimulada pelo “déficit spending” do governo.
Esqueça a Bíblia e Das Kapital; pratique o que funciona e o que já funcionou.
Roosevelt via estímulos ao consumo, tirou os Estados Unidos e o mundo da depressão de 1929. Deng Xiao Ping fez a mesma coisa e disse: “Não importa se o gato é branco ou preto. Desde que ele pegue o rato, ele é um bom gato.”
De 2008 até hoje, o mundo reviveu o drama de assistir as medidas de estímulo econômico implantadas pelo governo Obama, junto com o Federal Reserve e os bancos centrais mundiais (com baixas sucessivas de juros). A prática de estímulo através de gastos públicos é quase universal.
Quem tem gasta, quem não tem também gasta (déficit spending). O objetivo é o mesmo: dar emprego e renda ao povo via construção de infra-estrutura, estradas, construção civil. O mecanismo varia com cada país. Os Estados Unidos inventaram o “clunker” – quem troca carro usado por carro novo recebe 5 mil dólares como incentivo. Em diversos países, o governo literalmente coloca dinheiro vivo nas mãos do povo.
E o medo da inflação? Os keynesianos não estão preocupados. “Quando vier, daremos um jeito.”
E o nosso Brasil? Não esqueça que o ano que vem é ano de eleição. O governo do PT dificilmente praticará o aperto fiscal ou monetário. O Presidente Lula sabe disso melhor do que eu. O keynesianismo tem pelo menos mais um ano de vida no Brasil.
Feliz Ano Novo – 2010.
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