Jack Welch, quando era CEO
da General Eletric, falou em 1998: “Idealmente, você deve instalar sua fábrica
em cima de um navio para movimentar de acordo com a mudança em moeda e
economia”. Welch, o pioneiro de “offshoring”, montou o primeiro offshore
service center em Gurgaon, no subúrbio de Delhi, Índia.
Agora, a linha de pensamento
da GE se reverteu. Jeff Immelt, sucessor de Welch, chamou outsourcing “modelo
de ontem”. Ele retornou a produção de frigideiras, máquinas de lavar e
aquecedores, da China para Kentucky. Ele manda de volta para casa IT Work
(Internet technology) e emprega centenas de engenheiros de TI num novo centro em Michigan. GE não está
sozinha. Trazer empregos de volta para o primeiro mundo está hoje tão na moda
quanto foi mandar empregos para a China há uma década.
Mês que vem, a América vai
começar a manufaturar computadores em larga escala quando a Lenovo, chinesa e
gigante, relançará a produção do IBM Think-Pad notebooks e desktops PCs na Carolina
do Norte. Foxcomm, de Taiwan, fabricante de gadgets eletrônicos vai expandir na
América. General Motors planeja mudar a maioria de sua produção TI da Índia de
volta para Detroit.
A decisão de trazer empregos
de volta para casa pode ser política, mas o incentivo fundamental é econômico.
Primeiro, a manufatura se torna cada vez mais automatizada, então a mão de obra
constitui uma fatia de custo cada vez mais decrescente. Segundo, para os
negócios que dependem muito de mão de obra, o custo da mão de obra acelerou nos
paises pobres. Salários dos trabalhadores chineses subiram 20% por ano, mais do
que a produtividade. Ademais, o fortalecimento da moeda chinesa exerce mais
pressão sobre o custo. E o custo crescente de transporte oceânico de produtos
manufaturados da China para a América é mais um peso.
Os consultores
internacionais admitem que em 2015, o custo de manufatura para empresas
americanas será igual na China e na América. As vantagens de “outsourcing
services” também estão caindo. A diferença de custo de um “software programmer”
indiano e um americano cairá para menos de 20% em 2015.
Há sugestões e especulações
de que em vez de “outsourcing” manufatura na China (e Ásia) e software
programming na Índia, as empresas americanas devem procurar as oportunidades na
vizinhança. México, além de ser sócio fundador da NAFTA (North América Free
Trade Association) com isenção ou redução das tarifas de importação, a mão de
obra é mais barata, e o transporte menos custoso.
Alguém acredita que, logo os
produtos vendidos no varejo americano serão etiquetados “Hecho em México” em
vez de “Made in China”.
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