Depois de eleita Presidente
em 2011, Dilma Rousseff estimulou o crescimento da economia com medidas de
aumento de gastos públicos e salário mínimo além de mais empréstimos de bancos
estatais. A inflação resultante foi atacada não pelo aumento de juros, mas pelo
corte de imposto sobre vendas e pelo congelamento dos preços dos alimentos,
gasolina e tarifa de ônibus, que têm grande impacto sobre o índice da inflação.
Pesquisas de opinião pública em março de 2013 indicaram taxa de aprovação de
79% para a Presidente que será claramente a favorita para ganhar a eleição
presidencial em 2014.
Mas a estagnação de
crescimento acabou atingindo o bolso dos cidadãos brasileiros. As sucessivas
altas de salário meramente acompanham a inflação. Endividado, o povo corta os gastos.
A confiança do consumidor está caindo e a maior preocupação do povo é a
continuação da subida dos preços.
No dia 9 de maio a Datafolha
divulgou uma nova pesquisa indicando a realização de segundo turno nas
eleições. Nas redes sociais, tucanos comemoraram o crescimento de Aécio Neves
(PSDB), apesar dele ainda estar a 17 pontos atrás da Presidente Dilma. Os
números de sondagem são compatíveis com a realidade do momento: a Presidente
Dilma perdeu popularidade, mas se mantém em primeiro lugar, com 37% de
intenções de voto. Como Eduardo Campos (PSB) tem 11% e os candidatos de outros
partidos somam 7%, a cinco meses da eleição a pesquisa mostra que são reais as
chances de segundo turno, o que é absolutamente natural.
O desgaste do PT é
inevitável depois de 11 anos e 4 meses de governo. Dilma está sob ataque por
conta do aumento da inflação e da crise da Petrobrás.
Entre os investidores da
bolsa, a conversa foi: porquê a queda de popularidade de Dilma coincide com a
ascensão de preços de Petrobrás? Esse fato demonstra claramente que os
investidores não gostam de Dilma pelo o que ela fez com Petrobrás (e o resto do
mercado) e aspiram à derrota de Dilma pela coligação dos partidos de oposição.
É interessante continuar acompanhando as pesquisas eleitorais que virão pela frente e a performance de preços das ações da Petrobrás. Gostaria de saber a opinião dos leitores do blog. Se essa coincidência vai continuar até a data da eleição.
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