quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Commodities

Commodities sofrem queda nos preços devido à demanda fraca e a moeda americana forte. O mundo não esperava que o crescimento econômico mundial diminuísse nos últimos dois anos.



                                                         out. 2012/out. 2014/variação

Ouro (per troy ounce)                    $1.760/$1.220/-30%
Carvão (por ton. Métrica)              $95/$65/-32%
Cobre (por pound)                         $3.70/$3.05/-18%
Soja (por bushel)                           $15/$9/- 40%
Algodão (por Pound)                     $0.70/ $0.62/-11%
WTI Petróleo (por barril)              $85/$85/0
Milho (por bushel)                        $7.30/$3.40/-53%



No inicio de 2014 o mercado de commodities estava agindo surpreendentemente bem. A demanda da China por matérias primas estava sendo sustentada, e o Fundo Monetário Internacional estava prevendo um ano bom para o crescimento global e demanda crescente de todas as commodities, de petróleo a algodão. Mas em julho a China divulgou menos importação de petróleo e cobre. Como a China é a maior consumidora de tudo o que é bombeado e escavado na terra, a notícia mandou todos os preços de commodities para baixo. Em 2 de outubro o petróleo caiu para abaixo de $ 90 por barril pela primeira vez em 17 meses.

O crescimento global ficou parado e as companhias de commodities começaram a enfrentar uma demanda mais baixa do que se esperava em janeiro.

O maior problema é que as medidas de estímulo da China não conseguiram aumentar o crescimento econômico. A segunda maior economia do mundo está passando por uma fase de menor expansão em duas décadas.

Agravando a queda das commodities é o dólar forte, sustentado pela robusta economia americana comparado ao resto do mundo.

Preços de commodities subiram no inicio de 2014 como a seca no Brasil diminuiu a safra de café, um frio violento aumentou a demanda de gás natural, e a guerra da Ucrânia fez investidores fugirem para o ouro. Esses fatores logo desapareceram. O mercado esperava que a violência no Oriente Médio interrompesse a oferta de petróleo, mas a disrupção não aconteceu, e ao contrário, o mundo estava nadando em petróleo. Após a pior seca desde 1930, os agricultores americanos colheram safras abundantes de milho e soja. A persistente baixa taxa de inflação diminuiu o charme do ouro.

A expansão histórica da produção americana de petróleo, graças ao “fracking”, também contribuiu para a queda do preço do petróleo. Como a oferta supera a procura o dólar se fortalece com a maior produção doméstica de petróleo em 28 anos, reduzindo importação e diminuindo o déficit comercial. Arábia Saudita, Iraque e Irã preferem cortar preço a produção; eles preferem deixar o preço cair a perder a fatia de mercado.

Com o dólar forte, as commodities tornam-se mais baratas para os americanos, e a taxa de inflação mais baixa. Isso acaba fazendo o dólar mais forte ainda – um ciclo virtuoso para os americanos.


No Brasil, com o real fraco, as commodities tornam-se mais caras para os brasileiros, e a taxa de inflação mais alta. Isso acaba fazendo o real mais fraco ainda- um ciclo vicioso para os brasileiros.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Workshop


Question: what is workshop?
Answer: men work, women shop.


The husband says to his wife? “If I don’t work, you will have no money to shop”.

The wife replies: “If women don’t shop, the shops will be closed, the factories will be closed, you will be out of work and millions of people lose their jobs. All economic activities come to a complete stop. The country – and the world – moves form mild recession to great depression.

This scenario actually happened om USA in early 1930’s. Hoover, the republican candidate. Advocated low interest loans to Ford to re-open the factory (production creates consumption). Roosevelt , the democratic candidate, did the contrary. His “New Deal” was based on keynesian theory that consumption creates production.

Roosevelt and his keynesian economists undertook the following measures to stimulate consumption:

Mininum wages – increase workers capacity to spend and consume. If every worker buys a shirt, the shirt factory will re-open and employ more workers – a virtuous circle of consumption creating production.

Installments – banks finance purchase of automobils om 24 months with low interest rate, purchase or construction of houses with mortgage of 20 to 30 years for payment. “A house on every piece of land, two cars in every garage”.

Low rate of interest – stimulus for automobil sales and house constructions. Also banks return to profit and employ more people, again a virtuous circle.

There was even suggestions from Roosevelt’s keynesian economists that the american bank note should have a date of validity (data de vencimento) to accelerate spending and consumption. However, this crazy suggestion from crazy economists was not adopted.

In conclusion, we shall be thankful to our wifes, for their role in the society. If they don’t shop, we will be all be without work.

I have a joint account with my wife in a local bank. “Joint” means I deposit and she withdraws. I work, she shops. I am glad that she contributes more than I do to the well being of our society.


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Bolsa versus Eleição

No mês de agosto de 2014, a Bovespa subiu 10% com destaque para Petrobrás PN (+23%) e Banco do Brasil (+29%). Apesar da queda de Vale (-9%), devido à queda do preço do minério de ferro, a bolsa teve um desempenho excelente.

O mercado foi impulsionado principalmente pelas pesquisas eleitorais indicando que a presidenta Dilma não ganharia a eleição no primeiro turno, e no segundo turno, perderia para Marina Silva com margem de 10%.

Desde o inicio do 2º semestre, a bolsa dançava com as pesquisas eleitorais. O mercado cai quando Dilma lidera nas intenções de votos; e sobe quando ela perde terreno para os concorrentes. Os investidores da bolsa não gostam de Dilma pelo o que ela faz com Petrobrás (congelar os preços de gasolina e diesel para segurar o índice da inflação). Para os investidores da bolsa, não importa se ganhar o Aécio Neves ou Marina Silva, desde que Dilma perca a eleição, aleluia!

Os investidores sentiram na carne e osso os prejuízos com Petrobrás e a bolsa. Dinheiro acima da ideologia. PSDB, PSB, tanto faz. PT, chega! Após uma dinastia de 12 anos, o país precisa de mudança!


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Banana

Bananas contain three natural sugars – sucrose, fructose and glucose, combined with fiber. A banana gives an instant, sustained and substantial boost of energy. No wonder banana is the number one fruit with the world’s leading athletes. Banana does not only keeps us fit. It can also help overcome or prevent a substantial number of illnesses and conditions, making it a must to our daily diet.


Depression:
Among people suffering from depression, many felt much better after eating a banana. This is because bananas contain tryptophan, a type of protein that the body converts into serotonin, known to make you relax, improve your mood and make you feel happier.
Forget the pills – eat a banana. The vitamin B6 it contains regulates blood glucose levels, which can affect your mood.

Anemia:
High in iron, bananas can stimulate the production of hemoglobin in the blood and so help in case of anemia.

Blood Pressure:
High in potassium yet low in salt, banana is perfect to beat blood pressure. So much so, the US Food and Drug Administration has just allowed the  banana industry to make official claims for the fruit’s ability to reduce the risk of blood pressure and stroke.

Constipation:
High in fiber, including bananas in the diet can help restore normal bowel action, helping to overcome the problem without resorting to laxatives.

Hangovers:
One of the quickest ways of curing a hangover is to make a banana milkshake, sweetened with honey. The banana calms the stomach and with the help of honey, builds up depleted blood sugar levels, while the milk soothes and re-hydrates your sistem.

Heartburn:
Bananas have a natural antacid effect in the body, so if you suffer from heartburn, try eating a banana for soothing relief.

Nerves:
Bananas are high in B vitamins that help calm the nervous sistem.



Ulcers:
The banana is used as the dietary food against instestinal disorders because of its soft texture and smoothness. It also can neutralizes over acidity and reduce irritation by coating the linings of the stomach.


So, banana really is a natural remedy for many ills. Comparing to apple, it has four times the protein, twice the carbohydrate, three times the phosphorus, five times the vitamin A and iron and twice the other vitamins and minerals. It is also rich in potassium and is one of the best value foods around.


A banana a day keeps the doctor away!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Gasprom

A friend of mine is a global investor. He buys stocks in Brazil (with loss) and in China (with big loss). But this does not prevent him from investing in other emerging markets. In May 2014, he made a research on Gasprom (ADR code OGZPY), the russian petroleum giant (big brother to Petrobrás). The state controlled company supplies natural gas through pipeline to Ukrania and Europe. On 6/5/2014, the stock was traded at $ 7.34 (OTC exhange, N.Y.) with a P/E ratio of 2.5. The 5 year high is $ 17.40, low $ 6.50. So he decided to jump in and bought the stock at $ 7.70.

On 24/06, Gasprom rose to $ 9. An unrealized profit of 17% in less than 2 months. Then came the surprising news that Russia and China, after decade of negociation, finally agreed on a $ 400 billion deal. Russia wil supply China with natural gas through a new pipeline to be contructed with an investment  of $ 22 billion, though it is not clear how the construction of pipeline will be financed.


After Brazil, China and Russia, the next move should be India, where te BSE Sensex Index closed at record high on 20/05/2014. One could not invest in all the countries of the world, but at least my friend accomplishes his target of diversification by investing in all BRIC countries.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Perspectiva para o 2º semestre de 2014

A taxa Selic, após subir todos os meses de 2014, permanece em 11% em junho. Um bom sinal. Doravante a expectativa é uma manutenção da Selic em 11% até a eleição (ou até pode cair um pouco).

O Banco Central está caminhando para o afrouxamento gradual da política monetária, no 2º semestre de 2014, para estimular a economia até a eleição.

Esta perspectiva já está refletindo na bolsa. Nas 2 semanas de junho, a Ibovespa subiu 7%, encostando em 55 mil pontos. Petrobrás PN subiu para 19 com alta de 14%. Banco do Brasil subiu para 26,36 (ex dividendo de 0,321), com alta de 9,35%.

Cabe a cada investidor interpretar se a alta da bolsa em junho tem coincidência com a queda de popularidade da Presidenta Dilma (ver meu artigo de 20 de maio). Se a pesquisa de intenção de voto mostrar a queda contínua de
Dilma daqui a diante, e a realização de um segundo turno cada vez mais provável, a minha especulação é que a nossa bolsa pode continuar a melhorar.

PSDB já anunciou Aécio Neves como candidato do partido. Vamos acompanhar de perto as pesquisas de intenção de voto daqui a diante. O segundo semestre do ano será bem interessante para o investidor e o povo brasileiro, além da Copa Mundial em curso.


terça-feira, 27 de maio de 2014

Sabesp ON


Sabesp ON faz parte da minha carteira de ações. O papel, após a bonificação (3 por 1) em 23/04/2013, caiu de R$ 31,75 (máxima) para R$ 19 (mínima) recentemente. Essa queda de 40% é atribuída aos seguintes motivos:

Primeiro: após o governo federal tabelar os preços da gasolina e diesel da Petrobrás, o governo de São Paulo fez a mesma coisa com a tarifa de água.
Segundo: desde o início de 2014 falta chuva no Estado de São Paulo. Os reservatórios de água (Cantareira, etc.) estão no nível mais baixo historicamente. Sabesp já anunciou medidas drásticas como incentivo monetário para consumidores que reduzirem o consumo, e até racionamento de água se a seca persistir.

Na semana passada, a empresa publicou o balanço do 1º trimestre de 2014, com lucro líquido de R$ 477,6 milhões, 3,7% menor do que o 1º trimestre de 2013. O resultado foi melhor do que a expectativa do mercado. No dia seguinte (16/05/2014) o papel fechou com uma alta de 5% e mais 2,7% no dia 19 de maio.

Estou segurando o papel a longo prazo. Sabesp é monopolista, e seu lucro futuro é garantido. Um dia vai chover em São Paulo e o abastecimento de água voltará ao normal.


Sem cerveja a gente toma água ou suco; sem gasolina e diesel, a gente anda a pé ou de bicicleta. Todos têm substitutos e alternativas. Mas sem água, a raça humana não sobrevive.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Eleições versus Petrobrás

Depois de eleita Presidente em 2011, Dilma Rousseff estimulou o crescimento da economia com medidas de aumento de gastos públicos e salário mínimo além de mais empréstimos de bancos estatais. A inflação resultante foi atacada não pelo aumento de juros, mas pelo corte de imposto sobre vendas e pelo congelamento dos preços dos alimentos, gasolina e tarifa de ônibus, que têm grande impacto sobre o índice da inflação. Pesquisas de opinião pública em março de 2013 indicaram taxa de aprovação de 79% para a Presidente que será claramente a favorita para ganhar a eleição presidencial em 2014.

Mas a estagnação de crescimento acabou atingindo o bolso dos cidadãos brasileiros. As sucessivas altas de salário meramente acompanham a inflação. Endividado, o povo corta os gastos. A confiança do consumidor está caindo e a maior preocupação do povo é a continuação da subida dos preços.

No dia 9 de maio a Datafolha divulgou uma nova pesquisa indicando a realização de segundo turno nas eleições. Nas redes sociais, tucanos comemoraram o crescimento de Aécio Neves (PSDB), apesar dele ainda estar a 17 pontos atrás da Presidente Dilma. Os números de sondagem são compatíveis com a realidade do momento: a Presidente Dilma perdeu popularidade, mas se mantém em primeiro lugar, com 37% de intenções de voto. Como Eduardo Campos (PSB) tem 11% e os candidatos de outros partidos somam 7%, a cinco meses da eleição a pesquisa mostra que são reais as chances de segundo turno, o que é absolutamente natural.

O desgaste do PT é inevitável depois de 11 anos e 4 meses de governo. Dilma está sob ataque por conta do aumento da inflação e da crise da Petrobrás.

Entre os investidores da bolsa, a conversa foi: porquê a queda de popularidade de Dilma coincide com a ascensão de preços de Petrobrás? Esse fato demonstra claramente que os investidores não gostam de Dilma pelo o que ela fez com Petrobrás (e o resto do mercado) e aspiram à derrota de Dilma pela coligação dos partidos de oposição.


É interessante continuar acompanhando as pesquisas eleitorais que virão pela frente e a performance de preços das ações da Petrobrás. Gostaria de saber a opinião dos leitores do blog. Se essa coincidência vai continuar até a data da eleição.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Arte e Música

Há algumas semanas assisti, no cinema do Barra Shopping, em Porto Alegre, o Ballet Nutcraker Suíte, de Tchaikovsky, em transmissão ao vivo, direto do Royal Opera House, de Londres. A performance começou às 19h em Londres (15h em Porto Alegre). Quer dizer, você não precisa viajar até Londres para o evento. O Ballet chega até você. Anunciou-se que nos meses seguintes haverá outros concertos, sinfonias e óperas. Todos com transmissão ao vivo. Gostei muito dessa nova experiência. Maomé não vai a montanha; a montanha vai a Maomé.


Para quem gosta de arte e música clássica, recomendo o canal 53 da NET. Arte: Caravaggio, Leonardo da Vinci, Monet, Renoir, VanGogh, etc. Música clássica: Mozart, Beethoven, Rachmaninov, Gershwin, etc. A maioria dos canais da NET exibem filmes de violência, notícias de corrupção, mensalão e crimes. O canal 53, embora às vezes com programas repetitivos, oferece momentos de tranqüilidade, alegria e peace of mind.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Reflexões sobre 60 anos de investimentos


No meu artigo “Giant state-owned firms have fallen back out of fashion” (3/10/2013), concluo dizendo que “após refletir sobre esse artigo, cheguei à conclusão de que deveria realizar prejuízo com as minhas ações de Petrobrás e Banco do Brasil’”.

Lamentavelmente não vendi nem Petrobrás nem Banco do Brasil por pura inércia. Em 1/11/2013, Banco do Brasil atingiu 29,70. Não dei a ordem de venda para o meu corretor. Não tive coragem de realizar prejuízo, ou eu estava esperando que o papel subisse um pouco mais. Três meses depois o papel caiu 30%, para 20,82. Saber o que se deve fazer é uma coisa, determinação para fazê-lo é outra. Indecisão, inércia, ganância ou estupidez. Se fosse um administrador de fundos de investimento, mereceria perder o emprego.

Durante 60 anos da minha carreira de investimento já desperdicei muitas oportunidades de compra e venda. Mas também segurei boas oportunidades de ótimos lucros. O evento mais memorável foi a compra de Petroquisa pelo preço abaixo do seu cash por ação e, posteriormente, fui remunerado com um dividendo astronômico quando a empresa fechou o capital.

Lucro ou prejuízo, na média o resultado foi positivo e satisfatório. Agora, porém, com o avanço da idade, o raciocínio mais devagar, a indecisão e a inércia mais freqüente, estou debatendo comigo se não está na hora de me aposentar, e pedir aos meus filhos e netos para cuidarem da administração dos meus investimentos.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Janeiro 2014 – A queda das bolsas

Todas as bolsas do mundo caíram bem no mês de janeiro de 2014. Estados Unidos, Europa, China. O Brasil é o campeão de queda. Bovespa caiu 7,5% em um singular mês. Subiram o valor do dólar, 2,4%, a taxa Seliq, para 10,5%, e a minha pressão sanguínea, além da glicose.

As bolsas americanas caíram em função da diminuição do estimulo econômico pelo Federal Reserve. As bolsas européias “tag along”, e em função da alta taxa de desemprego. A China caiu com a projeção de crescimento menos robusto (somente 7% ao ano). No Brasil o ambiente ainda é de pessimismo por conta da desconfiança em relação à gestão da economia pelo governo e da perspectiva de baixo crescimento da atividade. O governo da Dilma manobra os preços da gasolina e do diesel para frear a inflação, deixando a Petrobrás num beco sem saída. Petrobrás lidera a queda que atingiu todo o mercado. Responsáveis por 44% do giro da bolsa, os investidores estrangeiros vêm optando por sair do pregão brasileiro.

O cenário ruim deve continuar em 2014. Quando os Estados Unidos sobem, o Brasil cai. Quando os Estados Unidos caem, o Brasil cai mais ainda. Logo o mercado entra na fase de desespero, e desespero é o momento de reviravolta. Porém, eu, e a maioria dos investidores, não temos coragem nem cash para comprar mais ações para fazer média.

Minha lógica é bem simples: não comprar nem vender. “Stay put” com o portfolio atual, e viver com o dividendo. Mais cedo ou mais tarde, a tempestade passa.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A redução de estímulos pelo FED (escrito em 23 de dezembro de 2013)

Em 18/12/2013, às 17h (horário do Brasil), o Federal Reserve anunciou o corte dos estímulos federais de $10 bilhões (de $85 bi para $75 bi) por mês, a partir de janeiro de 2014, sinalizando que a economia americana vem se fortalecendo. FED expressou confiança na recuperação do mercado de trabalho. Imediatamente após o anúncio da decisão, o SP 500 subiu 1,7%, para 1811 pontos, e o Dow Jones subiu 1,9%, para 16172. Ambos os índices atingiram marcas históricas.

Também agradou o mercado a manutenção de juro baixo por mais tempo. A adoção de taxas de longo prazo moderadas é um dos tripés de FED. Os outros são emprego máximo e preços estáveis no mercado.

Como a decisão do FED só foi anunciada após o término do pregão brasileiro, o mercado esperava que o Bovespa melhorasse no dia seguinte. De fato, em 19 de dezembro, o Bovespa subiu 2,12%, atingindo 51633 pontos, o maior patamar desde 30 de novembro.

Em 2013, até a véspera de Natal, o Dow Jones tinha subido 25,5%, enquanto o Bovespa tinha caído 16%. Nos Estados Unidos a moeda está forte e o juro está baixo. No Brasil a moeda está fraca e o juro está alto. Nós investidores, estamos investindo no país errado? Tomara que o futuro prove que o meu pessimismo não se justifica.

Desejo um Feliz Natal aos amigos e leitores do meu blog. E que 2014 seja melhor que os últimos anos.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Consultas Médicas em Shanghai

Nos últimos dias de estadia em Shanghai, fiquei gripado, com tosse, catarro e olhos vermelhos. Meu primo levou-me a uma consulta médica no Hospital Universitário sem hora marcada. Um médico jovem me atendeu, disse que eu estava com rinite, uma doença que ocorre freqüentemente no fim do outono. Ele receitou os remédios, antibiótico e antiinflamatório, e disse que eu precisava consultar um oftalmologista e um otorrino, que ficavam na sala ao lado. Deram-me receitas de colírio para os olhos e um líquido vaporizante para o nariz. Os médicos me asseguraram que em uma semana eu estaria melhor e aliviado.

Nunca na minha vida tive a experiência de consultar três médicos em 30 minutos. A compra dos remédios na farmácia do hospital levou outros 30 minutos. Os atendimentos foram rápidos, sem fila, sem espera; os diagnósticos precisos. Eu saí aliviado do hospital, e confiante de que tudo daria certo.

A maior surpresa foram os custos: a três consultas custaram 10 renminbi cada, equivalente a 1,66 dólares. Os remédios custaram 400 renminbi. O gasto total foi 72 dólares.

Disseram-me que a consulta médica de 10 renminbi nem entra no bolso do médico que tem apenas um salário fixo. Suspeito que o médico chinês ganhe até menos do que o médico cubano. Os médicos chineses são serventes do Estado para o povo. Quem sabe um dia o governo brasileiro pode convidar médicos chineses para tratar a saúde do povo brasileiro (além dos médicos cubanos). 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Macau e os cassinos

Durante o mês de outubro de 2013, fizemos uma viagem para Hong Kong e Shanghai para visitar amigos e parentes. De Hong Kong fizemos uma excursão para Macau, antiga colônia portuguesa, agora território chinês. A viagem de hidrofólio levou uma hora e meia, desde o porto de Hong Kong até o desembarque no porto de Macau.

Macau é conhecida como a Las Vegas do Oriente. Todos os cassinos famosos de Las Vegas abriram filiais em Macau e o movimento atualmente supera as matrizes devido à presença dos chineses de Hong Kong, China e outros países asiáticos.

O nosso motorista de táxi era um imigrante da Manchúria. Ele fala mandarim, mas não fala o português. Ele é motorista de táxi e guia turístico há 7 anos e está contente com o seu trabalho. Explicou que com a sucessiva abertura e funcionamento dos cassinos, a taxa de desemprego em Macau é zero. Aliás, a taxa de desemprego é negativa, porque Macau precisa importar trabalhadores da China para a construção e o funcionamento dos cassinos (desde engenheiros até pedreiros, durante a construção e card dealers, garçons, guardas, faxineiros, etc, para os três turnos de 8 horas cada).

Taxa de desemprego zero, ou full employment eu não conheço em nenhuma outra parte do mundo.

Ademais, os cassinos atraem a abertura de restaurantes, lancherias, lojas e joalherias (Tiffany, Bulgari, Louis Vuitton) criando mais movimento e empregos.

O motorista de táxi é um homem bem organizado. Ele sugeriu o roteiro. Primeiro fomos visitar o Venetian, decorado com pinturas, esculturas e chandeliers no teto, e com lojas nos corredores. Quem se cansa de jogar pode passear de gôndola. Após o almoço ele fez um tour pela cidade, atravessando diversas pontes que interligam as ilhas e chegamos no cassino Wynn Resort. Caminhamos um pouco, descansamos no Starbucks tomando um café e retornamos ao cais de Macau para pegar o próximo hidrofólio para Hong Kong.


No caminho, pensei: porque não temos cassinos no Brasil? Lãs Vegas criou prosperidade em pleno deserto. Toronto, Panamá e Punta Del Leste, todos os cassinos aumentam empregos e os municípios e estados arrecadam impostos. O Congresso Nacional deve criar uma comissão para estudar a viabilidade de cassinos, e se os benefícios de empregos e impostos superam os defeitos sociais. O Congresso pode mudar a Constituição para permitir o funcionamento de cassinos no Brasil.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Giant state-owned firms have fallen back ou of fashion

The Economist (september 21, 2013) published an article which I think is of interest to my readers.
                                                
Back in 1987 the rock band Bon Jovi was top of the pops and the world’s third largest firm by value was Tokyo Electric Power (TEPCO), a utility in Japan few outside that conuntru had heard of. Today Bon Jovi is still churning out number one albums but TEPCO’s value has fallen by 90% and it is teetering on bankruptcy. It is now known around the world for the disaster at its nuclear power plant in Fukushima.

In 2009 the message was that America capitalism had lost the plot. Only three of the world’s ten most valuable listed firms were from America: Exxon Mobil, Walmart and Microsoft. A new species of big beast had reared its head: vast state-controlled oligopolies from emerging markets. Petrochina, China Mobile and ICBC and CCB (two chinese banks) were all in the top ten that year. Brazil had a star in the form of Petrobras. The year before Gazprom, a Kremlin – run racket masquerading as a corporation, had graced the list. Suddenly it seemed as if the best way to create a giant firm was not to innovate or win customers but to adorn a government bureaucracy with some of the trapping’s of a private firm, such as a stockmarket listing.

Today the picture is once again transformed. Nine of the ten most valuable firms are american. America’s share of the top 50 is rising too. Why? A perky stockmarket is partly responsible. The euro crisis has killed off any hope that more firms from the euro zone might scale the rankings.

Two deeper factors are also at play. First, America’s mix of resilience and renewal. Three of its biggest firms have their roots in the late 19th Century – Exxon, General Eletric and Johnson & Johnson. Their durability reflects their powerful corporate cultures. But the country still does creative destruction too. IBM and Intel have slid down the rankings to be replaced by Apple and Google. Second, the old rule that buying shares in state firm is investment suicide has reasserted itself. The world’s ten biggest state firms in 2009 have lost $ 2.2 trillion of value, or 60% from their peaks. Investors now award most state firms stingier valuations than their private peers. Gazprom is worth three times its profits (P/E = 3), versus Exxon’s multiple of 11. And although emerging economies have slowed, private firms are doing fine. In 2007 investors gorged on shares in Petrochina when it listed in Shanghai, briefly making it the only firm ever to be worh over $ 1 trillon. Now China’s hottest corporate property is Alibaba, a private internet firm plotting a huge flotation.

Government firms are unloved again. That is how it should be. Shortcomings of cosy state capitalism never went away. Petrochina’s ex-boss, is under investigation probably for graft. Gazprom wastes $ 40 billion a year through corruption and inefficiency. Minority investors in Brazil protest that Petrobras is building unprofitable oil refinaries and favouring local supplies, at politician”s behest.

These vast organizations are not going away; most still make huge profits, often boosted by cheap public funding. But governments must recognise that the slump in their valuations is a sign they are allocating capital badly. That is in no one’s interest. Petrobras has made a baby step by allowing outside shareholders to appoint a director, while China sometimes mutters about modest reforms of its industrial fiefs. But the hybrid model of a firm beholden to both investors and politicians is a full of contradictions as Karl Marx said capitalism was. Privatization is the best way to resolve these tensions.

Business people, at least, can now be a little less dazzled by state firms. To outlast the average pop star’s career, companies need a culture of innovation, financial discipline and, increasingly global reach. These are things only a few managers are able to deliver – and wich no government can.



Após refletir sobre este artigo, cheguei a conclusão de que eu deveria realizar prejuízo com minhas ações de Petrobrás e Banco do Brasil.