Commodities
sofrem queda nos preços devido à demanda fraca e a moeda americana forte. O
mundo não esperava que o crescimento econômico mundial diminuísse nos últimos
dois anos.
out.
2012/out. 2014/variação
Ouro
(per troy ounce) $1.760/$1.220/-30%
Carvão
(por ton. Métrica) $95/$65/-32%
Cobre
(por pound) $3.70/$3.05/-18%
Soja
(por bushel) $15/$9/-
40%
Algodão
(por Pound) $0.70/ $0.62/-11%
WTI
Petróleo (por barril) $85/$85/0
Milho
(por bushel) $7.30/$3.40/-53%
No
inicio de 2014 o mercado de commodities estava agindo surpreendentemente bem. A
demanda da China por matérias primas estava sendo sustentada, e o Fundo Monetário
Internacional estava prevendo um ano bom para o crescimento global e demanda
crescente de todas as commodities, de petróleo a algodão. Mas em julho a China
divulgou menos importação de petróleo e cobre. Como a China é a maior
consumidora de tudo o que é bombeado e escavado na terra, a notícia mandou
todos os preços de commodities para baixo. Em 2 de outubro o petróleo caiu para
abaixo de $ 90 por barril pela primeira vez em 17 meses.
O
crescimento global ficou parado e as companhias de commodities começaram a enfrentar
uma demanda mais baixa do que se esperava em janeiro.
O
maior problema é que as medidas de estímulo da China não conseguiram aumentar o
crescimento econômico. A segunda maior economia do mundo está passando por uma
fase de menor expansão em duas décadas.
Agravando
a queda das commodities é o dólar forte, sustentado pela robusta economia
americana comparado ao resto do mundo.
Preços
de commodities subiram no inicio de 2014 como a seca no Brasil diminuiu a safra
de café, um frio violento aumentou a demanda de gás natural, e a guerra da
Ucrânia fez investidores fugirem para o ouro. Esses fatores logo desapareceram.
O mercado esperava que a violência no Oriente Médio interrompesse a oferta de
petróleo, mas a disrupção não aconteceu, e ao contrário, o mundo estava nadando
em petróleo. Após a pior seca desde 1930, os agricultores americanos colheram
safras abundantes de milho e soja. A persistente baixa taxa de inflação
diminuiu o charme do ouro.
A
expansão histórica da produção americana de petróleo, graças ao “fracking”,
também contribuiu para a queda do preço do petróleo. Como a oferta supera a procura
o dólar se fortalece com a maior produção doméstica de petróleo em 28 anos,
reduzindo importação e diminuindo o déficit comercial. Arábia Saudita, Iraque e
Irã preferem cortar preço a produção; eles preferem deixar o preço cair a
perder a fatia de mercado.
Com
o dólar forte, as commodities tornam-se mais baratas para os americanos, e a
taxa de inflação mais baixa. Isso acaba fazendo o dólar mais forte ainda – um
ciclo virtuoso para os americanos.
No
Brasil, com o real fraco, as commodities tornam-se mais caras para os
brasileiros, e a taxa de inflação mais alta. Isso acaba fazendo o real mais
fraco ainda- um ciclo vicioso para os brasileiros.