segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Carteira de Dividendos

Com a visão menos otimista para a Bovespa em 2008, comparada com 2007, está na hora de reestruturar a carteira de ações em função de dividendos.
Banco do Brasil recomenda a Carteira Dividendo como segue:

AES Tietê Energia
Ambev Bebidas
Nossa Caixa Finanças
Petrobrás Petróleo
Sid. Nacional Siderurgia
Localiza Transporte e Serviços
Telesp Tele fixa
Vale do Rio Doce Mineração

No caso de Ambev e Telesp, recomendo ações ON (em vez de PN) para obter um dividendo ainda maior em percentagem ao dinheiro investido (além da possibilidade da cotação ON superar a PN, e da surpresa de “tag along” na venda de controle).
Ainda gostaria de incluir Souza Cruz na lista acima mencionada, que sempre paga dividendos freqüentes e generosos. A empresa não sabe o que fazer com tanto cash além de satisfazer o apetite de “retorno de capital” da controladora British American Tobacco (BAT).

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Perspectiva para 2008

No meu primeiro artigo do ano especulo que 2008 não será tão bom para a bolsa como foi o ano passado.

1) IGP-DI acumulou alta de 7,89% em 2007. Portanto o Banco Central não tem muito espaço para cortar o juro em 2008.
2) A ascensão do preço do petróleo ao longo de 2007 (chegou a US$ 100 por barril no fim do ano) sustentava a ação da Petrobrás que tem um grande peso na Bovespa. Especulo que os Estados Unidos caminham para uma recessão, e o resto do mundo segue o seu passo.
3) Menos IPOs em 2008. O mercado brasileiro já ficou saturado com IPOs em 2007.
4) Como o mundo entra em fase recessiva, 2008 terá menos procura por minério de ferro e produtos siderúrgicos. Vale do Rio Doce e as companhias siderúrgicas não terão tanta ascensão em 2008, comparado com 2007.
5) Os problemas de subprime (mortgage) nos Estados Unidos não serão resolvidos tão logo.
6) China: nem o crescimento econômico e nem a bolsa de valores devem avançar em 2008 no mesmo ritmo de 2007. Este “slow-down” deverá influenciar toda a Ásia e o resto do mundo.
7) O preço do petróleo deve retroceder do pico de US$ 100, de 2007, para US$ 75 em 2008. Os preços das commodities, soja e milho, devem reajustar para baixo devido às perspectivas de recessão. Se a procura pelo etanol/álcool combustível diminuir, o preço do milho deve sofrer.
8) Bancos
Como o Congresso não renovou a cobrança da CPMF, o governo terá um “short fall” de R$ 40 bilhões. Metade disso, o governo vai tentar cortar nas despesas; a outra metade o governo vai tirar dos bancos (que nos últimos anos ganharam muito dinheiro) com o aumento das tributações (IOF e CSLL – Contribuição Social sobre Lucro Líquido).
Minha visão sobre a Bovespa em 2008 não é tão otimista comparada com 2007. Mas tomara que eu esteja errado!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Carry Trade

O investidor/especulador toma dinheiro emprestado em uma moeda que cobra um juro baixo (Singapore dólar, Taiwan dólar, Yuan japonês) e aplica em uma moeda que paga juro alto (New Zeland Kiwi, Real brasileiro), e embolsa a diferença. Esta operação é chamada de “carry trade”.
Um side effect do “carry trade” é a apreciação da moeda, como o real, com a alta da taxa de juro.
Mas este tipo de especulação nem sempre dá certo. Recentemente li um artigo que descreve que, com a valorização do Yuan japonês (de 116 por 1$ para 110 por 1$) e a perspectiva de mais valorização, os especuladores, de tanto medo do endividamento em Yuan, correm para recomprar a moeda (reverse carry trade). O resultado é self fulfilling. Yuan sobe mais e o lucro virou prejuízo.
Lesson º 1: no mundo da especulação momentânea, nada é certo. Especulação é especulação! Prefiro sentar em cima de uma carteira de ações que valorizam ao longo do tempo.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Fundos Soberanos - Parte II

Neste post a segunda parte sobre os fundos soberanos.

Great Wall Street of China
By RICK CAREW in Beijing, LAURA SANTINI in Hong Kong and JAMES T. AREDDY
China made its biggest overseas foray to date in October when its biggest bank, Industrial & Commercial Bank of China Ltd., announced the purchase of a $5.6 billion stake in Africa's largest lender, South Africa's Standard Bank Group Ltd.
China has the money to spend because of its ballooning trade surplus with the rest of the world, as well as a local stock-market boom that has raised tens of billions of dollars for giant state-owned firms. China's foreign reserves rank as the world's largest at more than $1.4 trillion.
The terms of the Morgan Stanley deal guarantee CIC a 9% annual return, well above the fund's 5% cost of funding until it converts its investment to shares in 2010.
For Morgan Stanley, the deal could offer it some measure of goodwill in a country that has remained elusive to Wall Street.
In the 1990s, Morgan Stanley formed the first onshore investment-banking joint venture, China International Capital Corp., with a Chinese state bank. That venture later suffered from disagreements between the two partners, and Morgan Stanley became a passive investor, still holding a 34% stake.
Reaching out to Chinese money is a natural move for Morgan Chairman and Chief Executive John Mack, perhaps the top U.S. financial executive left with deep ties to China.
Since returning to Morgan Stanley from Credit Suisse in the summer of 2005, Mr. Mack has pushed his China team to build a broader platform in China. He recently signed a deal to re-enter the Chinese domestic markets, while Morgan Stanley has also bought a small Chinese bank and a stake in a fund-management venture.
All of those deals beef up the bank's China presence at a time when Morgan Stanley, like most of its rivals, still does most of its China business out of Hong Kong by linking Chinese companies to global capital markets.
Still, striking deals in China has become increasingly difficult, as Beijing fears some Chinese assets have gone to foreign investors too cheaply in the past. Skyrocketing stock prices have contributed to this feeling and prompted regulators to scuttle deals by Western firms.
Though China continues to attract the world's highest levels of foreign direct investment -- $61.68 billion in the first 11 months of this year, an increase of 14% on the year -- the size of the biggest outbound investment deals have this year far exceeded inbound investments.
The top five outbound investments from China were for an average of $3.1 billion, according to Thomson Financial, while the top inbound deals were for an average of $202 million.