terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

BM&FBOVESPA

Em 2009, diversos conselheiros de investimento recomendaram os mercados emergentes. Entre eles destaca-se o Brasil; e na bolsa brasileira destaca-se a BM&FBOVESPA (BVMF 3). A ação subiu 101% em 2009, para R$ 12,25, o que equivale a US$ 7.
O papel ainda não tem ADR, mas especula-se que vai lançar em NY brevemente (Banco do Brasil também), para facilitar os investidores americanos e internacionais.
Para quem está interessado no Brasil, cuja expectativa de crescimento do PIB é de 4,75% em 2010 e baixa inflação prevista, não precisa quebrar a cabeça analisando cada ação individualmente. Se quiser comprar Brasil, compre BM&FBOVESPA e pronto.
BM&FBOVESPA ganha dinheiro com o volume de transações, que atingiu, em outubro de 2009, o record de US$ 4.2 bilhões por dia, 38% a mais do que o ano anterior. Como as corretoras, a Bovespa ganha quando o mercado sobe, e ganha quando o mercado baixa.
A Bovespa está em contato com o Chile, Colômbia e México para “cross listing” das ações. Essas bolsas estão se posicionando para se tornar as bolsas da América do Sul. Ao mesmo tempo, a Bovespa se interliga com o grupo CME (Chicago Mercantile Exchange) a maior bolsa de futuros e opções, e com a Nasdaq. Ela está investindo em tecnologia para construir uma plataforma de classe mundial. Quando o mercado for mais rápido e eficiente, mais capital a bolsa vai atrair, inclusive mais IPO’s nos anos vindouros.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Carteira de Dividendos

Após a ascensão vertiginosa da Bovespa, de 80% em 2009, acho que está na hora de pensar em investimento em função de dividendos.
BB Estilo – o guia de investimento do Banco do Brasil – recomenda uma carteira de dividendos como segue:

Ação/Setor

AmBev/alimentos e bebidas
CCR Rodovias/exploração de rodovias
Eternit/materiais para construção
AES Tietê/energia elétrica
Petrobrás/petróleo e gás
Sabesp/água e saneamento
Telesp/telecomunicações
Vale do Rio Doce/mineração

Concordo com a lista, mas gostaria de adicionar mais uma empresa: a Souza Cruz, que não somente paga dividendos ou juro sobe capital trimestralmente, com também anuncia a data em que a ação fica ex-dividendo bem como a data do pagamento (trinta dias depois). Isso não deixa de ser o estilo inglês. Muitas empresas declaram proventos “provisionados” ou “sem previsão”; deixam os acionistas pendurados sem saber quando vai entrar o dinheiro no bolso. Pior ainda, o investidor tem que incluir o “dividendo a receber” na sua declaração do imposto de renda do exercício.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Após a euforia, a queda

Nos 20 primeiros dias de janeiro de 2010, o governo chinês restringiu o sistema de crédito duas vezes, aumentos os juros e o depósito compulsório dos bancos. O banco central respondeu com aperto monetário frente à velocidade excessiva de crescimento do PIB, de 10,7% no quarto trimestre de 2009, comparado ao mesmo período do ano anterior.
A medida não afeta somente as bolsas da China e da Ásia. O resfriamento da economia chinesa cria perspectiva de menor procura por, e em menor preço, para as commodities brasileiras, como petróleo, minério de ferro e produtos siderúrgicos. A Bovespa caiu violentamente nos dias 20 e 21 de janeiro. Petrobrás, Vale e as empresas de siderurgia lideraram a queda que se estendeu ao resto do mercado.
Os papéis que resistiram nessa queda são as do setor de “vício” – cigarros e bebidas. Souza Cruz e AmBev ficaram firmes. Ambas são de consumo doméstico. Ambas são monopólios e ambas pagam bons dividendos.