terça-feira, 28 de julho de 2009

Infra- estrutura atrai investimentos

Em lembrei da minha experiência pessoal de montar a Granóleo S.A., a fábrica de esmagamento de soja, em Estrela, RS, 30 anos atrás, logo após o Presidente Geisel ter construído o complexo “hidro-rodo-ferroviário” de Estrela.
As cooperativas entregavam a soja pela rodo/ferrovia para a Granóleo, em Estrela, que após industrializar (esmagar) embarcava pela hidrovia via o Rio Taquari até o porto de Rio Grande para exportação.
Os benefícios eram múltiplos. O farelo de soja, além de frete menor, não sofria perda de peso. O certificado de peso, emitido pela Companhia de Surveillance, no embarque em Estrela, era válido como peso final de embarque no navio transatlântico para Hamburgo ou Rotterdam. Estes benefícios representavam uma economia de um milhão de dólares por ano, que era mais do que suficiente para amortizar os financiamentos concedidos pelo BNDES na construção da fábrica.
Infra-estrutura bem elaborada e executada pelos governos, federal e estadual, atrai investimentos e criam empregos.
O Brasil não deve só pensar em São Paulo e Rio de Janeiro, como a China não pode só pensar em Shanghai e Beijing. Não cabem mais fábricas nas capitais e metrópoles. Vamos interiorizar infra-estrutura e investimentos, criando uma economia balanceada para o povo brasileiro.

terça-feira, 21 de julho de 2009

A China vai para o interior

A Business Week publicou, em 22/06/09, um artigo interessante.
Os estudantes da Southwest Jiaotong University, em Chengdu, estavam apresentando as estratégias de marketing para a Lenovo laptop. Os finalistas da competição ganham o direito de “internship” na matriz da companhia de computadores em Beijing. No final da apresentação, os estudantes cantaram: “Vamos para Beijing”.
Mas a Lenovo e outras multinacionais estão indo na direção oposta. Com o baixo crescimento das vendas e o aumento dos custos nas cidades do litoral, as companhias estão indo para o interior, como Chengdu e outras regiões do sudoeste, para expansão. 30% das vendas da Lenovo estão nas áreas rurais e em pequenas cidades, dobrando a percentagem de cinco anos atrás. A Intel fechou uma fábrica em Shanghai e dobrou as atividades em Chengdu. A Volkswagen está construindo uma fábrica de 735 milhões de dólares para fazer o Jetta Sedan, e a Toyota dobrou a capacidade de produção da sua fábrica na cidade.
“O sudoeste está imune aos problemas da China e do mundo”, disse o gerente regional da Lenovo, que no 1º trimestre do ano teve um aumento de 23% nas vendas na região, versus 4,4% da China toda.
Embora Beijing não esteja satisfeita com o “slowdown” no litoral, construir o interior e criar uma economia balanceada sempre foi uma prioridade nacional. “Desenvolver o oeste”, um programa introduzido em 2000, melhorou as estradas, aeroportos, estradas de ferro, usinas elétricas, fazendo o sudoeste mais atrativo para os investidores. Investimentos criam empregos. Empregos criam consumo. Lojas japonesas como Seibu, Isetan e Ito Yokado abriram suas portas em Chengdu; o Carrefour fez expansão na região; a Wal-Mart tem lá 25 super lojas (20% do total de lojas na China) e pretende abrir mais lojas este ano. “O sudoeste é crescente e vital”, disse o administrador da Wal-Mart na China, “estamos lá para ficar”.
E o nosso Brasil, vamos também interiorizar?

terça-feira, 14 de julho de 2009

Dilema

Após a realização do lucro da metade da posição de EMF, o papel caiu para $ 14,21 no dia 18/06 (- 11,2%). Eu fiquei contente pelo meu amigo porque a primeira metade foi bem vendida. Mas ao mesmo tempo a outra metade não vendida está se desvalorizando. Rir ou chorar, aí está o dilema!
Eu não sei mais se quero ver o papel cair ou subir. Se cair mais, dá para pensar em recomprar a parte vendida. Se começar a subir, não se deve lamentar a venda realizada, e sim ficar satisfeito com a valorização da parte não vendida. Esquecer o passado e olhar para o futuro.
Acho que todos os investidores têm esse tipo de dilema. Se, após a venda o mercado subir, você se sente desconfortável. Mas se o mercado cair e continuar caindo, você se sente miserável e apavorado. “Fear and greed”. Somos apenas humanos.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Emerging Market Fund (EMF)

Templeton Emerging Market Fund é um closed-end fund composto por ações do Brasil, China, Índia, Rússia, Ucrânia, Taiwan, Cingapura, Coréia e outros países em desenvolvimento. Por definição, o EMF é um fundo que não tem ações dos Estados Unidos, Japão e Europa.
O fundador e administrador do fundo é Mark Mobius. Numa entrevista a um jornalista em agosto de 2009, ele enfatizou as virtudes de cada país: a China se transforma de uma economia de exportação para uma economia de consumo doméstico (como a economia dos Estados Unidos) com uma população de 1,2 bilhões de habitantes; a Rússia tem petróleo e a OPEP não vai deixar o preço do barril de petróleo cair abaixo de US$ 80. O país emergente n º1 é o Brasil. O presidente Lula conduz o país com medidas monetárias e fiscais corretas. O país é grande produtor e exportador de minérios e alimentos.
O fundo EMF tem a performance como segue:
high $ 27 (30/10/07), low $ 6,87 (20/11/08).
No dia 25/02/2009, a cotação foi a $8. Recomendei para um amigo meu investir 12.000 ações a $ 8, totalizando $ 96.000.
No dia 12/06/2009, recomendei que ele vendesse metade da posição (6.000 ações) a $ 16, com 100% de lucro em três meses e meio, ficando com as 6.000 ações remanescentes a custo zero.
Mas a estória não termina aí...