terça-feira, 28 de setembro de 2010

Petrobrás – Subscrição

No dia 24/9/2010, fui informado pelo meu corretor que o rateio da subscrição de Petrobrás PN foi de 45,7% e o preço de subscrição é de R$ 26,30 por ação. Portanto, o meu pedido de subscrição foi de R$ 200.000,00 X 45,7% = R$ 91.400,00/R$26,30 = 3.475 ações. O pagamento será em 28 de setembro. Assunto encerrado.
Do início do ano até a data da subscrição, Petrobrás PN caiu 25%. Como não tenho o papel na minha carteira, achei interessante participar da subscrição. Como não se sabe o preço e a quantidade antecipadamente, a subscrição é um tiro no escuro. Presume-se que o preço seria menor do que o de mercado. Se não fosse, todo mundo compraria no mercado. A quantidade não se discute. Rateio é rateio.
No primeiro dia de negociação, o papel caiu 1,86%, para 26,30, empatando com o preço da subscrição. Acho que o preço não cai abaixo deste nível. Os subscritores não querem realizar prejuízo tão cedo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

O mistério da Jereissati S.A.

Há 10 anos eu e meus filhos compramos um ponto de 100 metros quadrados no Shopping Iguatemi em Porto Alegre. Vendíamos artigos de vestuário de moda jovem, uma franquia da TKTS, de São Paulo.
No mesmo shopping havia um ponto de 200 metros quadrados para venda. O dono do ponto pedia o equivalente a 500 mil dólares.
Eu descobri que a dona e administradora do Shopping Iguatemi, a La Fonte Participações S.A. era uma empresa de capital aberto. O valor da ação cotada na Bovespa X nº de ações existentes equivalia a 1 milhão de dólares. Achei o preço da ação baratíssimo, comparado com um ponto de 200 metros quadrados que estava a venda por 500 mil dólares. Gastei US$ 10 mil para comprar 1% do capital total da empresa.
O investimento de US$ 10 mil mais as subscrições subseqüentes teve uma grande valorização. Lamentei não ter vendido toda a posição, pois apenas realizei lucro sobre uma parte da minha posição.
A La Fonte Participações, junto com construtores e fundos de pensão, comprou o controle da Telemar no leilão de privatização da Telebrás. Carlos Jereissati foi eleito presidente da Telemar. A La Fonte mudou o nome para Jereissati S.A. A empresa continua a ter o controle do Shopping Iguatemi (São Paulo, Porto Alegre, Rio, e ultimamente, Brasília), e ao mesmo tempo é controladora da Telemar.
Cogitou-se um “split” da empresa em dois setores distintos: shopping e telecomunicação; os acionistas ficariam com uma ação do Shopping Iguatemi e uma ação da Telemar. Há expectativa de que um dia isso ainda venha a acontecer.
Em 18/02/2010, o papel MLFT4 subiu 48%. No dia seguinte liguei para o Diretor de Relações com o Mercado para saber o que acontera. Ele disse que a CVM tinha acabado de ligar também para saber o motivo da alta. Perguntei se era boato ou notícia sobre o split. Ele respondeu que não havia notícia de split e que também não sabia o motivo da alta vertiginosa. Imediatamente mandei vender todas as minhas ações da MLFT4. Foi um dia nervoso, mas foi um belo dia.
Até hoje o mistério permanece. Se alguém conseguir uma explicação, por favor escreva no meu blog.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Realizar lucro e prejuízo

Investidores (e especuladores) sempre são rápidos em realizar lucros. “Nunca se machuca realizando lucro”, exceto quando o papel continua subindo após a venda. Não adianta chorar. Minha filosofia é que você nunca vai conseguir vender no topo. Desde que você esteja satisfeito com o lucro, venda. Se subir mais, deixe os outros ganharem um pouco.
A decisão de realizar prejuízo, porém, é bem mais difícil e angustiante. Tentar evitar prejuízo pode acabar levando a prejuízo maior mais adiante. O conselho das corretoras é limitar o prejuízo colocando um “stop loss” de 25% abaixo do preço de compra. Quando se compra uma ação a R$ 40, é dada uma ordem de venda quando o papel cair para R$ 30, limitando o prejuízo em 25%. Mas, muitas vezes, após sua venda desastrosa, o papel se recupera. Aí você chora mais alto, e bate sua cabeça na parede!
Eu, como investidor, não uso a tática do “stop loss”. Antes de comprar uma ação, estudo bem os fundamentos: o ramo do negócio, preço/lucro, política monetária do governo, etc. Uma vez comprada, deixo a ação no meu portfólio indefinidamente (como faz Warren Buffet).
No meu próximo artigo, vou contar uma estória sobre a Jereissati S. A. (MLFT4), antigamente denominada La Fonte Participações, que segurei por mais de 10 anos, passando pelas mudanças da nossa moeda nacional: cruzeiro, cruzado e real, sem nunca ter colocado uma ordem de “stop loss”.