quarta-feira, 14 de outubro de 2009

China

Prezados leitores,
Vou estar na China até meados de novembro, logo não haverá posts durante este período.
Qualquer observação interessante será postado no blog quando eu retornar.

Até a volta !

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Marcas e Patentes

Se o valor do ativo tangível de uma companhia (fábrica, etc.) é baixo comparado ao seu valor de mercado, seu “ratio” preço/book value seria alto. Essa discrepância poderia ser devido aos ativos intangíveis.
Por exemplo:

COMPANHIA – PREÇO (8/5/09) - PREÇO/BOOK

Colgate – 62.16 – 17.6
Avon – 22.94 – 14.5
Altria – 17.13 – 12.5
Kellog – 42.79 – 11.3

Não se assuste com os preços destas ações, cotadas mais de 10 vezes os seus valores contábeis. Pode ser que o preço não esteja alto. E o book value é que está baixo. Book value representa o custo histórico dos ativos da companhia, mas não representa o valor verdadeiro. O valor escondido ou intangível está nas marcas e patentes.
Coca-cola, a marca nº 1 do mundo, tem um valor intangível incalculável. A velha piada diz: “na corrida para chegar à lua, se os russos chegarem primeiro, vão pintar a lua de vermelho; se os americanos chegarem primeiro, vão pintar a lua de Coca-cola”.
Focar nas companhias com patentes promissoras é outra maneira de achar o valor intangível. Desde 1993, a IBM ganhou $ 10 bilhões com “patent royalties”, monetarizando as inovações. A consultoria Ocean Tomo procurou outros candidatos com potencial de monetarizar o valor de patentes, e listou as seguintes empresas como promissoras: Cardinal Health, General Eletric, Honeywell International, Royal Dutch Shell e Texas Instruments.
Quais são as empresas brasileiras que têm marcas de destaque e/ou possuem patentes para faturar em cima das inovações?

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

China goes shopping (2ª parte)

Os apoios para as expedições internacionais vêm de cima para baixo, desde o Politburo. “Devemos encorajar nossas grandes empresas a entrar no mercado internacional e expandir seus negócios”, disse Li Rongrong, chefe da agência responsável pelas grandes empresas estatais na China.
O que a China está comprando?
A China favorece as aquisições que não colidam com as multinacionais do mundo. A compra da Addax Petroleum da Suíça faz a Sinopec ter acesso ao petróleo kurdish e nigeriano sem soar o alarme para o mundo.
Mas quando a Chinalco (Aluminum Corp.) a China planejava investir $ 19 bilhões na mineradora anglo-australiana Rio Tinto, a estória é diferente. Os acionistas questionaram a prudência de vender a fatia de 18% para a Chinalco. Os políticos, abertamente, condenaram o negócio. “A entidade estatal da China é meramente um braço do Partido Comunista”, disse o senador australiano Barnaby Joyce. Com o negócio com a Rio Tinto não saiu, a China pode tentar a Vale do Rio Doce (um “Rio” diferente, mas o minério é o mesmo).
Uma área onde a China anda devagar é nos Estados Unidos. Lembre-se da oferta abortada de 2005 da China National Offshore Oil pela Unocal que criou uma tempestade no Congresso americano. “A percepção chinesa é que eles tentam comprar companhias usando o mecanismo do mercado sem prever o eventual envolvimento com as controvérsias políticas”, comentou um assistente do secretário de Estado do governo Bush.
Mas, o incidente com os Estados Unidos não impede os esforços chineses em outros lugares. O shopping continua. China Minmetals fez oferta de $1,4 bilhões pelo Oz Minerals. Hunan Valin Iron & Steel investiu $ 770 milhões em Fortescue Metals. Ambos na Austrália. “É natural que as companhias, ao crescer, procurem novas oportunidades fora do país”, disse o professor de Finanças Zhou. “Haverá mais shopping no exterior. E o mundo se acostumará com isso”.
Após a Austrália, quando os chineses virão fazer shopping no Brasil?