terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Kim Jong Un – Coréia do Norte

Após a morte de Kim Jong IL, o filho dele, Kim Jong Un, foi proclamado o comandante Supremo do Exército da Coréia do Norte. Ele é a terceira geração da dinastia comunista.

Pouco se sabe sobre Kim Jong Un. Ele tem 28 anos e estudava na Suíça.

Diante dos protestos, revoltas e revoluções dos países do Norte da África contra as ditaduras faço as seguintes perguntas e observações:

Clemenceau, Chanceler da França, do século passado, comentou:

“Se você não é socialista com 20 anos de idade, você não tem coração; se você ainda é socialista com 30 anos de idade, você não tem cabeça”. Como Kim Jong Un está se aproximando dos 30 anos de idade, ele deve estar mais esclarecido sobre a visão do mundo.

Ele estudava na Suíça, país pequeno, mas com democracia plena. Ele deve saber comparar a vida do povo suíço com a vida do povo norte-coreano sob o regime da ditadura de seu avô e de seu pai. Quem sabe o pai o mandou intencionalmente estudar na Suíça e outorgou a ele a tarefa de reformar o país após a sua morte?

Uma analogia com a Alemanha. Com a queda do muro de Berlim, a Alemanha Ocidental incorporou a Alemanha Oriental, e não vice-versa. Desta vez, especulo que, sob a liderança de Kim Jong Un, a Coréia do Norte vai se aproximar da Coréia do Sul e instituir as reformas.

Com ou sem protestos, revoltas e revoluções o povo opta pela liberdade e democracia. O mundo não tem outra saída. É o que Francis Fukuyama chama de The End of History.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Protestos

Em janeiro de 2011, os protestos dos povos do Norte da África contra a ditadura e corrupção começaram na Tunísia, seguidos pelo Egito, onde Mubarak foi forçado a deixar o poder após 30 anos de ditadura. Simultaneamente, no Iêmen, após a matança de centenas de civis em protesto, o regime caiu em novembro com a renúncia de Saleh. Eleição presidencial foi prometida para o início de 2012.

Em fevereiro de 2011, as tropas da Líbia mataram centenas de pessoas que protestavam pacificamente até que os protestos viraram revolução e Qaddafi foi morto em outubro.

A revolta na Síria contra o regime de Bashar Assad ainda não tem definição após a morte de 3.500 civis. A Liga Árabe pediu que Assad acabe com a matança. O Syrian National Council, que representa a oposição, está formulando planos para acabar com Assad. Já existe proposta para os Estados Unidos interferirem no conflito (como na Líbia). E a eventual queda de Assad deixaria o Irã com um aliado a menos.

Na Nigéria, o povo protestou contra a retirada do subsídio no preço da gasolina que subiu 100%. Protestos contra a inflação e o desemprego existem em qualquer canto do mundo. Não são diferentes dos protestos na Grécia, Itália e Espanha que se dispersaram com o tempo. O perigo do protesto se encaminhar para revolta e revolução associa-se à vida decadente do povo sob regime da ditadura. Acordem antes que seja tarde demais, Cuba e Coréia do Norte!

No Brasil, o povo não tem muita coisa para protestar, a não ser contra a corrupção, burocracia e assaltos.

Após concluir meus estudos nos Estados Unidos, em 1954, meus colegas voltaram para Hong Kong, Taiwan e China, ou permaneceram nos Estados Unidos. Eu viajei para o Brasil como turista e aqui permaneço até hoje. Foi sorte que eu escolhi um país com liberdade e democracia.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Cenário Mundial para 2012

Em depoimento no Senado, no fim de 2011, Alexandre Tombini, Presidente do Banco Central, garantiu que, em 2012, o Brasil terá crescimento maior e inflação menor, processo de convergência para a meta, em relação aos resultados de 2011. O país também deve enfrentar efeitos menores da crise internacional, embora, no conjunto dos emergentes, a expectativa seja a de crescimento a um ritmo menor diante da redução da demanda global e da queda nos preços das commodities.

Zona do Euro – negociações políticas rumo a uma união fiscal (não basta só uma união monetária). Mas faltam detalhes, e a implementação não é imediata. Bancos continuam vulneráveis, falta pacote financeiro emergencial. Baixo crescimento nos próximos anos, com alguns países em recessão.

Estados Unidos – permanecem entraves estruturais ao crescimento no longo prazo. Endividamento do setor público e das famílias. Recuperação lenta do mercado de trabalho.

China – desaceleração do ritmo de crescimento: forte ou suave? Desafios a enfrentar: situação fiscal das províncias, setor imobiliário e emprego.