terça-feira, 30 de outubro de 2012

Bebida e Fumo

 Uma demonstração de desempenho das ações de vícios (bebidas e fumo) dos últimos três anos
O cálculo de valorização não inclui os dividendos pagos no período.

BRASIL
BEBIDA
Ambev ON
28/9/2009 a 28/9/2012
R$ 64,29/R$ 25 = 157%

INTERNACIONAL
BEBIDA
Diageo
28/9/2009 a 28/9/2012
$112.73/$ 61.50 = 83%


BRASIL
FUMO
Souza Cruz ON
28/9/2009 a 28/9/2012
R$ 27,50/R$ 11,30 = 143%


INTERNACIONAL
FUMO
28/9/2009 a 28/9/2012
Philip Morris
$89.94/$ 48.74 = 84%


Nos meus artigos anteriores, sempre defendi estes dois setores de vícios que não sofrem com a recessão. Ao contrário, os consumidores bebem e fumam mais na recessão. As quatro ações citadas são quase monopolistas. Ademais elas distribuem ótimos dividendos após contribuir com altos impostos para os cofres do governo. Apesar das campanhas de Proibido Fumar e Se Beber não Dirija, os 190 paises do mundo dizem “Bem-vinda” às empresas Diageo e Philip Morris. Que ironia!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Privatizar para prosperar

Para acelerar o crescimento econômico, a Presidente Dilma Rousseff tem abandonado a doutrina do Partido Trabalhista a favor de abrir a infraestrutura do país para a administração privada. Ela também adotou uma agenda com apoio das indústrias no sentido de cortar os custos de produção.

A nova política é uma mudança de incentivos do consumo para a competitividade e investimento privado, especialmente para as indústrias locais que perderam o mercado para as importações baratas. Com a queda da demanda mundial por commodities, baixo investimento e dívidas crescentes da população, o Brasil, que teve um crescimento de 7,5% em 2010, deve crescer, este ano, menos do que o Japão e os Estados Unidos.

No mês passado, a Presidente Dilma anunciou corte de imposto sobre salários, redução de tarifas de energia e ofertas de licenças para companhias privadas para construir e operar estradas e ferrovias, portos e aeroportos.

Apesar da impopularidade de oferecer o controle de patrimônio público para o setor privado, ela pode conseguir bilhões de dólares em capital de investimento para modernizar e reviver a infraestrutura sem aumento de impostos.

Durante a administração do Presidente Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 2002, o PT criticou a privatização dos setores de transportes e de telecomunicações. Mas em fevereiro, Dilma concedeu licenças para companhias privadas para construir e operar os terminais de aeroportos em São Paulo e Brasília, acabando com o monopólio estatal. “Ela é uma pragmatista, ultrapassando a linha ideológica. O Brasil se beneficiará do know-how de companhias privadas em administrar aeroportos, portos e outros setores de infraestrutura”, comentou Enestor dos Santos, economista sênior do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria.

O Brasil, urgentemente, precisa consertar sua infraestrutura, bem como construir novas estradas e portos. Estradas de via única, congestionadas e cheias de buracos fazem com que o transporte de carga custe 40% a mais do que nos Estados Unidos. Energia ao preço de 330 reais ($ 163) por megawatt/hora é o quarto mais alto do mundo. Em julho, chuvas, greves e equipamentos inadequados criaram congestionamentos de mais de 100 navios ancorados no porto de Paranaguá, o principal porto de escoamento dos produtos agrícolas destinados para exportação. Alguns navios ficaram na fila por mais de um mês.

O Brasil figura em 126º lugar, em uma lista de 183 países, no último índice do Banco Mundial sobre facilidade de fazer negócios, atrás de Uganda e Suazilândia.

Os líderes da indústria concordam que a remoção desses gargalos é essencial para reacender o crescimento econômico que caiu de 2,7% em 2011 para 1,57% este ano. Para remediar a queda de crescimento e a conseqüente queda das receitas, o governo espera que as licenças para as empresas privadas para construir e operar 10.000 quilômetros de estrada de ferro e 7.500 quilômetros de estrada atraia 80 bilhões de reais em investimentos nos próximos 5 anos.

Apesar da privatização a sociedade brasileira continua sentindo a força do governo na administração da economia. O governo aumentou as tarifas de importação para proteger a indústria nacional; pressionou os bancos para baixar os juros; e forçou as companhias de energia elétrica a reduzir as tarifas em troca de renovação de concessões.

Paulo Vieira da Cunha, da companhia de investimento Tandem Global Partners disse: “Isso é uma agenda positiva, é um avanço, mas não é liberalização. O que o governo procura é um modelo eficiente de desenvolvimento liderado pelo estado”. Dilma já demonstrou a força de seu punho no governo. Adam Smith pregava a “invisible hand” do mercado. Paciência, meus amigos brasileiros. Passo a passo, vamos chegar lá.