terça-feira, 31 de agosto de 2010

Opções de Investimento

Suponhamos que você tenha cash de R$ 175.000 no Brasil (equivalente a US$ 100.000) e mais US$ 100.000 no exterior, as opções de investimento são as seguintes:

A) investir R$ 175.000 em ações da Bovespa e deixar US$ no exterior rendendo no money market, com juro de 2% ao ano;
B) comprar CDI, CDB ou Fundo de Renda Fixa, rendendo juro de 8,5% ao ano (líquido, já deduzido o imposto de renda de 15%); e investir US$ 100.000 em ações brasileiras (ADR);

A opção B é mais vantajosa:
1) rendimento de juro em real é 6,5% a.a. superior ao rendimento do money market ou U.S. Treasury Bills de curto prazo;
2) ADR (cotação na Bovespa dividida pela taxa de câmbio) oscila em consonância com a cotação das ações na Bovespa sem vantagem nem desvantagem, porém -
3) ADR não paga imposto de renda de 15% sobre o lucro obtido (na Bovespa, o lucro realizado é sujeito a IR de 15%, pagável no mês seguinte)
4) ADR brasileira não paga imposto de 30% sobre os dividendos, enquanto os dividendos das ações americanas são sujeitas a “withholdind tax” de 30%, quando o titular não é cidadão americano.

Mais um esclarecimento.

Tenho um amigo, investidor brasileiro, que acha que a ADR é mais volátil do que a mesma ação na Bovespa. Como a ADR é composta da cotação da ação na Bovespa mais o fator câmbio, ele acha que quando o mercado sobe e o real valoriza, o investidor em ADR ganha duplamente, e quando o mercado cai e o real desvaloriza, o investidor perde duplamente. O fato é que quando o real desvaloriza, não somente a ADR perde, a ação na Bovespa perde igualmente, medida em dólar. Se o seu patrimônio for calculado em dólar, quando o real se desvaloriza, a sua casa, o seu automóvel também se depreciam.

O real deve manter uma estabilidade entre R$ 1,70 a R$ 1,90 até o final de 2010. Se Dilma for eleita, a política econômica deve seguir a mesma linha do governo Lula. Vamos rezar para que o déficit como percentagem do GDP diminua ou se mantenha estável, que o juro caia, que o nível de desemprego não se deteriore e que o real não sofra depreciação drástica. Afinal de contas todo o meu patrimônio está em real, a moeda do Brasil.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Wheel-chair (cadeira de rodas)

Quando vejo uma cadeira de rodas passando por mim em Porto Alegre não presto muita atenção. Penso que é uma coisa para velhos coitados. Nesta viagem para a Europa descobri as virtudes da cadeira de rodas.
Eu e minha esposa não somos mais jovens. Às vezes temos dor de coluna, dor nos pés, sentimos cansaço caminhando quilômetros nos aeroportos internacionais.
Desta vez contratamos (no momento da compra da passagem aérea) cadeira de rodas para os embarques e desembarques nos aeroportos.
Para vôos internacionais devemos chegar nos aeroportos duas horas antes da saída do vôo. Esperávamos a chegada da cadeira de rodas e o atendente puxava a minha esposa até o balcão do check-in. Check-in com uma pessoa em cadeira de rodas tem preferência no atendimento. Na vistoria de raio X e do passaporte também. Não se entra em fila nunca. Que mordomia, que privilégio!
A grande invenção da humanidade não foi a roda, foi a cadeira de roda!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Fjordes da Noruega, Madrid e Lisboa

Fizemos um cruzeiro no Queen Mary II, da Cunard Lines, para conhecer os fjordes da Noruega. Escolhemos o mês de julho para poder ver o sol da meia noite. Tudo percorreu perfeito exceto que com o tempo nublado, não conseguimos ver o sol, nem da meia noite, nem de dia. Navegamos entre as montanhas e fizemos quatro paradas: Alesund, Geiranger, Fläm e Bergen. Cada vilarejo é mais lindo que o outro.
Após desembarcar em Southampton, um carro contratado nos levou para o aeroporto Heathrow, em Londres, para um vôo com destino a Madrid. Para o percurso de 90 minutos, o motorista cobrou 200 libras esterlinas.
Em Madrid fizemos sighseeing num ônibus turístico de dois andares, o hop-on e hop-off. A gravação, que se escutava com earphones individuais, descrevia cada prédio e monumento de relevância histórica. É a maneira mais completa e barata de se conhecer uma cidade inteira.
Depois passamos quatro noites em Lisboa. Um dia fomos visitar o Oceanário de Lisboa, que achei lindíssimo e imperdível. No dia seguinte fizemos um tour para o interior, para Sintra, Cascais, Estoril, Óbidos e Fátima, onde um padre fez uma oração e os fiéis acenderam velas.
Visitamos Óbidos, uma cidade turística, que é mais linda do que a gente pode imaginar. A rua principal é estreita e de pedra, com lojas de souvenirs e cafés, com árvores repletas de lindas flores e pássaros alimentando seus filhotes. O por do sol dava o sinal de que estava na hora de voltar a Lisboa.
O passeio levou onze horas. O motorista (que dirigia um Mercedes) cobrou 200 euros (comparado com as 200 libras que o motorista da Inglaterra cobrou por uma hora e meia de serviço).