terça-feira, 25 de agosto de 2009

ADR de Petrobrás PN

ADR de Petrobrás PN (PBR/A) é o resultado do seguinte cálculo:
PBR/A = Petrobrás (Bovespa)/câmbio X duas ações

Por exemplo, em 7 de agosto de 2009
PBR/A = R$ 32/1,82 X duas ações = US$ 35.16

Compra-se ADR de Petrobrás a um preço mais vantajoso quando a ação cair na Bovespa e o câmbio subir ao mesmo tempo. Por exemplo:
PBR/A = R$ 28,80/2,00 X duas ações = US$ 28.80

Para quem quer comprar ADR de Petrobrás PN, meu conselho é esperar um reajuste de 10% na Bovespa (de R$ 32 para R$ 28,80) e um reajuste no câmbio para cima (1,82 para 2,00). A combinação dos dois fatores faz com que a ADR fique 22% mais barata. Não vejo o dólar atual de R$ 1,82 com muito mais espaço para descer.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Oil independence in South America

The Oxford Club Communiqué, uma revista que recomenda compra e venda de ações do mundo todo, recomendou recentemente uma ação num artigo chamado “Oil independence in South America”.
Um país da América do Sul ficou, recentemente, completamente independente em petróleo. Nos anos 70, o país estava importando 85% do seu consumo de petróleo.
Essa companhia sozinha domina o mercado inteiro. Suas 15 refinarias controlam 98% da capacidade de refino no país, mais do que 2 milhões de barris por dia.
O plano de expansão inclui:
- descoberta de um enorme “oil field” com reserva de 8 bilhões de barris, valendo $400 bilhões ao preço de hoje
- um moderno complexo com capacidade de refino de 600 mil barris por dia
- um offshore oil rig inovador que alcança reservas anteriormente consideradas inalcançáveis
E os resultados? A companhia produziu um lucro anual recorde em 2008. Até no 4º trimestre, quando o preço do petróleo caiu violentamente, o lucro subiu 47%. Como isso é possível? Porque o preço da gasolina não caiu no país. Milhões de novos trabalhadores urbanos garantem o aumento do consumo da gasolina e o lucro da companhia para os próximos anos.
Para despertar a curiosidade dos leitores, o Communiqué não mencionou o nome da empresa. Para conhecer a “dica”, e outras “dicas”, os investidores interessados devem assinar uma pesquisa, o “The New Frontier Trader”, por um ano, ao preço de US$ 995 (escolhe se quer receber por fax ou email). Se os investidores americanos precisam pagar para saber qual é essa empresa de “oil independence in South America”, os investidores brasileiros já adivinharam de qual empresa se trata.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

“The dog has his day”

Braskem PNA (BRKM5) e Unipar (UNIP6), ambos do setor petroquímico, deram um grande pulo na semana que termina em 7 de agosto de 2009. Enquanto a Bovespa subiu 2,85% na semana, Braskem PNA subiu 16,8% (de 8,31 para 9,71) e Unipar PNB saltou 25,5% (de 0,94 para 1,18). Finally, “the dog has his day”.
Durante os anos, após ter realizado um bom lucro com Petroquisa e Suzano Petroquímica, investi em Braskem e Unipar. Após anos de angústia, finalmente estou vendo luz no fim do túnel.
Petrobrás, quando o preço do petróleo sobe, sobe os preços da gasolina e da nafta, a principal matéria prima para as empresas petroquímicas. Mas quando cai o preço do petróleo, Petrobrás não baixa os preços da gasolina e da nafta. Segurei os papéis da Braskem e Unipar convicto de que essa prática de monopólio estatal da Petrobrás não iria durar eternamente.
O governo Lula não pode só pensar na Petrobrás. Deve pensar também nos consumidores, índice de inflação e a taxa de juros, que é uma das mais altas do mundo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sudeste da Ásia

Recessão econômica não é novidade para os países do Sudeste da Ásia. Na crise financeira há 10 anos, as companhias quebraram, os bancos “defaulted”, as bolsas caíram e as economias encolheram acima de 10% com os investimentos estrangeiros retraídos. Mas o Sudeste da Ásia engoliu a pílula amarga da austeridade, desvalorizou as moedas, pagou as dívidas e reestruturou os bancos.
Agora o Sudeste da Ásia está sofrendo novamente, vítima dos pecados do outro lado do globo. Desde o outono, as exportações despencaram com as recessões da China e dos Estados Unidos. Os investimentos estrangeiros pararam com as multinacionais restringindo seus gastos. “É frustrante mergulhar numa crise que não é nossa culpa”, disse o primeiro ministro da Tailândia.
Mas desta vez, os 10 países da Associação das Nações do Sudeste da Ásia (ASEAN) mostraram uma resistência surpreendente. Os bancos da região estão livres de ativos tóxicos e nem precisam de dinheiro salva-vidas dos governos. Os anos de superávit comercial e a alta taxa de poupança contribuíram para o recorde de reservas estrangeiras. As dívidas dos governos, das companhias e dos consumidores são minúsculas se comparadas com as dos Estados Unidos e da Europa. A inflação e a taxa de juros caíram dramaticamente. Esses países estão mais preparados para enfrentar a tempestade do que as outras economias do mundo.