terça-feira, 25 de maio de 2010

Vivo ON

Na semana passada escrevi sobre AMBEV, na expectativa de que um dia o papel ON supere a PN. Hoje, 11 de maio de 2010, isso aconteceu com Vivo.
Acompanhando a bolsa pela TV Bloomberg, observei que Vivo PN tinha subido 8% devido à notícia de que Portugal Telecom rejeitou a oferta da Telefônica de comprar o controle da Vivo por US$ 7,3 bilhões. Como Vivo ON não é cotada na Bloomberg, liguei imediatamente para o meu corretor. Ele disse que Vivo ON tinha subido para 58, com alta de 33%. Dei ordem de vender todas as ações Vivo ON, e me senti aliviado quando a venda foi confirmada.
Muita coisa pode rolar daqui para frente. Nem Portugal Telecom nem Telefônica, nem o mercado pode adivinhar o que vai acontecer. Lembre-se do caso Yahoo. A Microsoft fez uma oferta de compra do controle da Yahoo. O CEO Jerry Yang pensou, re-pensou, fez contra oferta, negociou. No meio tempo, o mercado caiu e a Microsoft retirou a sua oferta. As ações da Yahoo foram para o brejo e Jerry Yang foi para a rua.
Eu estou satisfeito com a venda de Vivo ON. Se o papel subir mais, deixo os outros ganharem um pouco!

terça-feira, 18 de maio de 2010

AMBEV


De acordo com pesquisa da Bloomberg Capital IQ, as maiores empresas do setor de bebidas alcoólicas têm sua matriz fora dos Estados Unidos, como segue:

empresa/país/capitalização em bilhões/margem de lucro em 2009 *

Anheuser-Busch Inbev/Bélgica/ $81/ 13%
Cia de Bebidas das Américas-AMBEV/Brasil/ $ 57/ 28%
Diageo/Inglaterra/ $42/ 16%
Heineken/Holanda/ $ 25/ 7%
Pernod-Ricard/França/ $22/ 14%

* lucro líquido dividido pela receita total

Embora a AMBEV/Brasil não seja a maior empresa de bebida alcoólica do mundo, ela tem a maior margem de lucro entre as cinco maiores.
Na Bovespa, AMBV3 subiu 74%, de R$ 84,79 (30/12/08) para R$ 147,50 (30/12/09). Na queda violenta da primeira semana de maio de 2010 da Bovespa, AMBV3 e AMBV4 resistiram à queda (até subiram um pouco).
Estou apostando mais na AMBV3 (ON) do que na AMBV4 (PN). Atualmente, ON está com deságio de 13,4% em relação à PN. Espero que a ON fique ao par com a PN, no mínimo, se não superar a PN, como Petrobrás e Vale (em ambos os casos, a ON supera a PN em 14%).

terça-feira, 4 de maio de 2010

Vale vs Petrobrás

Vale:
Em 31/03/2010, Vale e BHP Billiton (Austrália) assinaram contratos com siderurgias asiáticas ajustando os preços do minério em base trimestral em vez de anual que vigorava nos últimos 40 anos. Essa mudança deve proporcionar maior lucro para Vale e BHP.

Euromoney, umas das publicações mais influentes do mundo, elegeu a Vale como a empresa mais bem administrada do Brasil e a companhia mais transparente do setor de metais e mineração da América Latina. Financial Times honrou a Vale com o FT ArcelorMittal Emerging Markets 2010 Award.


Petrobrás:
A) Investimento no pré-sal requer capital adicional – subscrição em vista
B) Pré-sal – quando vai produzir petróleo e lucro?
C) Carro elétrico vem aí. O consumo de petróleo pode diminuir bastante quando o pré-sal começar a produzir


Construção e infra-estrutura aumentam as vendas dos produtos siderúrgicos e de minérios. Os preços, na média, se ajustam (agora é trimestralmente) para cima. Os preços de petróleo são imprevisíveis, os contratos (spot e futuro) flutuam diariamente nas bolsas de Londres e N.Y. de acordo com a procura e a oferta mundiais. Não vamos esquecer o fator OPEP, que abre e fecha a torneira.
Diante desta análise, acho que o crescimento no lucro da Vale é mais assegurado que o da Petrobrás. É aconselhável ter maior peso em Vale do que em Petrobrás no seu portfólio de investimento