terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mercado de Trabalho

Além da queda de taxa de juro, a queda de desemprego é um fator coadjuvante de otimismo na economia brasileira.

O IBGE divulgou os seguintes dados sobre o desemprego no mês de janeiro:

Janeiro - ano/taxa média de desemprego
2007 - 9,3%
2008 – 8,0%
2009 – 8,2%
2010 – 7,2%
2011 – 6,1%
2012 – 5,5%

Por região metropolitana, em janeiro de 2012:

Salvador – 8,2%
Recife – 5,7%
Rio de Janeiro – 5,6%
São Paulo – 5,5%
Belo Horizonte – 4,5%
Porto Alegre – 3,9%


O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sustentou que os brasileiros ainda não alcançaram a situação de pleno emprego. A ocupação está crescendo de forma quantitativa e qualitativa, com aumento de vagas com carteira assinada e do rendimento real do trabalho, ou seja, reajustes que ficam acima da inflação. Este quadro significa que o padrão de crescimento do país mudou para melhor. “O que temos hoje no país é um mercado informal grande, pessoas com subocupação e rendimentos médios baixos que não condizem com a situação de pleno emprego.”

Se o pleno emprego é a meta do governo e da sociedade, estamos no caminho para atingi-la. “No trilho do progresso” é melhor do que “a chegada ao destino”. Após ter atingido a meta de pleno emprego, existe o perigo de retrocesso. A inflação começa a reaparecer, o governo começa a apertar, a taxa de juro começa a subir e a economia começa a resfriar e encaminhar para “downward cycle”.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Otimismo

No meu último artigo, em 20/01/2012, a Bovespa atingiu 62.312 pontos, com alta de 9,8%, comparado com 56.754 pontos no fim de 2011. Hoje (17/02/12) o índice atingiu 66.203 pontos, com alta de 16,65% sobre o índice do ano passado. Agora vamos pular o Carnaval com tranqüilidade e alegria.

Todos os mercados do mundo - americano, Europeu, Asiático - estão com perspectiva otimista. O Congresso Americano aprovou a extensão da isenção de "payroll tax”, e o número de desempregados continua caindo.

Na Europa, há expectativa de que a ajuda internacional à Grécia será anunciada até o fim de fevereiro. (Até a China está disposta a contribuir, comprando debêntures da Grécia).

Mas o mais importante é a queda de juro em todos os países do mundo. Nos Estados Unidos, o FED não tem como baixar o juro, já que está a taxa zero (o FED indicou a manutenção de taxa zero até 2013/2014). O país que tem mais fôlego para queda de juro é o Brasil. Mesmo que a taxa Selic caiu 2% (4 vezes de 0,5%) nos últimos seis meses, para 10,5%, a taxa real é a mais alta do mundo civilizado. Estou apostando na queda contínua do juro real no Brasil – o fator principal da minha percepção de otimismo com o avanço das atividades da economia e o mercado de ações

(artigo escrito em 17 de fevereiro de 2012)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A queda de juro

Desde a virada do ano, a Bovespa, com três semanas sucessivas de altas, atingiu 62.312 pontos, com valorização de 9,8%.

A trajetória da taxa Selic: do pico de 12,5%, em 20/07/2011, caiu 4 vezes de 0,5%, para 10,5% em 18/01/2012.

Todos os países do mundo estão baixando os juros para prevenir uma recessão.

Na China, o ritmo da inflação caiu para 4%, com a atividade da manufatura desacelerando de 9,8% para 8,8%.

Nos Estados Unidos, o presidente Obama não pode arriscar a reeleição com o desemprego em alta e o consumo doméstico em baixa. O FED já manifestou o prolongamento da política de taxa zero, que o mercado acha que vai continuar, pelo menos até a eleição (o FED não é tão independente num ano eleitoral).

A Europa, se não está em recessão, pelo menos não está crescendo (estagnação). Os preços dos bonds europeus, de Portugal, Espanha, Itália e Grécia, estão subindo e os juros caindo – uma percepção do mercado de que o pior já passou.

Num efeito dominó, os países do mundo, um após o outro, estão abrindo a torneira, injetando liquidez, baixando juros para aumentar o consumo e diminuir desemprego.

A ansiedade dos países em sair da recessão, a perspectiva de inflação baixa e de queda gradual e contínua de juro real no Brasil deve estimular a economia e a bolsa no ano em curso.

Um efeito colateral: juro real alto atrai capital estrangeiro. A conversão de dólar para real valoriza a moeda brasileira, com efeito de aumento de importação e diminuição de exportação, criando desequilíbrio no balanço de pagamento.
O governo e o Banco Central sabem muito bem que juro real alto e câmbio excessivamente forte não são benéficos para o bem estar da sociedade e do povo brasileiro.