terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Baby escutando Mozart


A BBC recentemente noticiou a descoberta de que os bebês que escutam músicas de Mozart crescem com mais inteligência na vida. Ao lado do artigo tem um foto de um bebê deitado num carrinho, dormindo com fones de ouvido, escutando e curtindo a música de Mozart.

Eu escuto música clássica o dia todo. Mozart é o meu favorito. Suave, melódica, harmoniosa e relaxante para o corpo e a alma. Neste momento, só tenho pensamentos positivos. Não me arrependo de nada, nem consigo odiar ninguém. Tudo numa boa. A vida é de uma beleza eterna.

Em 1949 estudei no St. Vicent College, Latrobe, PA. Um colega de faculdade que estudava música me introduziu na musica clássica. Bach, Beethoven, Brahms e Mozart. Piano e concertos de violino, sinfonias. Um segredo: a música pode não ser tão gostosa quando se ouve pela primeira vez, mas escutando repetidamente vai ficando cada vez mais bela. A música é comparável à amizade: o primeiro contato com outra pessoa é apenas um encontro. Amizade se cultiva com anos de convivência.

Todos os domingos almoçamos com a família do Patrick, meu neto. Ele vem com a esposa e duas filhas, Ângela e Verônica. Ângela tem 3 anos, e Verônica, 10 meses. Verônica me faz lembrar a foto do bebê no carrinho, com os fones de ouvido, escutando Mozart. No próximo aniversário da bisneta vou dar de presente um CD de Mozart. Ela já é inteligente, mas vai ficar mais inteligente ainda.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Manufaturar “offshore”?



Jack Welch, quando era CEO da General Eletric, falou em 1998: “Idealmente, você deve instalar sua fábrica em cima de um navio para movimentar de acordo com a mudança em moeda e economia”. Welch, o pioneiro de “offshoring”, montou o primeiro offshore service center em Gurgaon, no subúrbio de Delhi, Índia.

Agora, a linha de pensamento da GE se reverteu. Jeff Immelt, sucessor de Welch, chamou outsourcing “modelo de ontem”. Ele retornou a produção de frigideiras, máquinas de lavar e aquecedores, da China para Kentucky. Ele manda de volta para casa IT Work (Internet technology) e emprega centenas de engenheiros de TI num novo centro em Michigan. GE não está sozinha. Trazer empregos de volta para o primeiro mundo está hoje tão na moda quanto foi mandar empregos para a China há uma década.

Mês que vem, a América vai começar a manufaturar computadores em larga escala quando a Lenovo, chinesa e gigante, relançará a produção do IBM Think-Pad notebooks e desktops PCs na Carolina do Norte. Foxcomm, de Taiwan, fabricante de gadgets eletrônicos vai expandir na América. General Motors planeja mudar a maioria de sua produção TI da Índia de volta para Detroit.

A decisão de trazer empregos de volta para casa pode ser política, mas o incentivo fundamental é econômico. Primeiro, a manufatura se torna cada vez mais automatizada, então a mão de obra constitui uma fatia de custo cada vez mais decrescente. Segundo, para os negócios que dependem muito de mão de obra, o custo da mão de obra acelerou nos paises pobres. Salários dos trabalhadores chineses subiram 20% por ano, mais do que a produtividade. Ademais, o fortalecimento da moeda chinesa exerce mais pressão sobre o custo. E o custo crescente de transporte oceânico de produtos manufaturados da China para a América é mais um peso.

Os consultores internacionais admitem que em 2015, o custo de manufatura para empresas americanas será igual na China e na América. As vantagens de “outsourcing services” também estão caindo. A diferença de custo de um “software programmer” indiano e um americano cairá para menos de 20% em 2015.

Há sugestões e especulações de que em vez de “outsourcing” manufatura na China (e Ásia) e software programming na Índia, as empresas americanas devem procurar as oportunidades na vizinhança. México, além de ser sócio fundador da NAFTA (North América Free Trade Association) com isenção ou redução das tarifas de importação, a mão de obra é mais barata, e o transporte menos custoso.


Alguém acredita que, logo os produtos vendidos no varejo americano serão etiquetados “Hecho em México” em vez de “Made in China”.