quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Direitos Humanos

Na semana passada, num e-mail, meu filho me chamou a atenção para um artigo do The New York Times sobre a morte de Danny Chen, que morreu no Afeganistão onde estava servindo no U.S. Army. A circunstância de sua morte é misteriosa, não se sabe se foi morto em combate ou se foi suicídio. No mesmo artigo foi mencionado o nome de Elizabeth OuYang, minha sobrinha, advogada e professora de Direito da NYU e da Columbia University.

Ela nasceu em Rochester, N.Y. Estudou Direito com especialização em “Criminal Law”. Após a formatura, em vez de aceitar um emprego de 100.000 dólares por ano, ela foi trabalhar em uma organização de direitos humanos, por 30.000 dólares/ano, defendendo os pobres, as minorias, os imigrantes sem recursos. Ela defende os taxistas paquistaneses em Nova York de deportações, os chineses americanos de Chinatown e outros indivíduos ou grupos que necessitam de ajuda ou defesa profissional.

Anos atrás ela me visitou em Porto Alegre. Convidei-a para comer um prato bem brasileiro, mocotó, e expliquei que era comida para os escravos no tempo colonial. Ela não só gostou do prato como se simpatizou com a causa e a miséria dos escravos e, instintivamente, a sua alma queria defendê-los. Ela pediu para assistir a uma sessão de julgamento de acusados de homicídio aqui no Brasil. Ela fez observações que um leigo como eu jamais nem notaria. Primeiro, o advogado de acusação falou 20 minutos em voz alta e o advogado de defesa, nomeado pelo Estado, encerrou seu discurso em 5 minutos, em voz baixa e sem muito interesse. Segundo, os dois acusados sentaram em um canto, com as mãos algemadas na cadeira. Ela disse: “No Brasil a pessoa é culpada até que seja provada inocente; nos Estados Unidos, a pessoa é inocente até que seja provada culpada”.

O Google também divulgou a morte de Danny Chen no Afeganistão e apelou para o U.S. Army para que forneça mais informações (www.google.com.br – Elizabeth OuYang). Se eu conseguir mais notícias, divulgarei nos próximos artigos.

Vou entrar em férias na próxima semana. Até dezembro!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Outubro 2011: otimismo e euforia

O Banco Central anunciou, em 19 de outubro, a redução da taxa Selic de 0,5%, para 11,5%, conforme a previsão do mercado.

Após uma alta da Bovespa de 7,39% na semana de 10 a 14 de outubro, é saudável que a semana seguinte (17 a 21/10) deu um descanso, com variação de apenas 0,4%.

O cenário mundial está mais otimista. Com a queda de Gaddafi, a produção de petróleo na Líbia deve voltar ao nível normal, reduzindo a perspectiva da inflação mundial. A União Européia deu apoio moral e financeiro à Grécia e a outros países da Europa que enfrentam crise de “default”. Nos Estados Unidos foi anunciada a diminuição do desemprego. E a China finalmente parou com o aperto monetário com a percepção da desaceleração da economia.

O mundo inteiro, como o Banco Central do Brasil, prefere errar em arriscar uma inflação moderada a enfrentar uma recessão.

A semana passada (24 a 28/10), a Bovespa deu mais um pulo de 7,7%, com o índice encostando nos 60.000 pontos. E o real valorizou 6,2%m de 0,5632 dólar para 0,5980.

O mês de outubro de 2011 (até 28/10) foi o melhor mês para as ações de mercados emergentes:

Título / cotação em 28 outubro / cotação em 30 setembro / variação

 México Fund (MXF) / 24,06 / 21,70 / +10,9%
 Emerging Market Fund (EMF) / 19,62 / 16,81 / +16,7%
 China Fund (FXI) / 37,79 / 30,83 / +22,6%
(25 blue chips)
 Bovespa / 59.513 / 52.324 / +13,7%


Vamos torcer para que a bolsa recupere o prejuízo de 2011, e continue a tendência de alta no ano vindouro.