terça-feira, 23 de junho de 2009

China e Brasil (Parte 2)

Em Beijing, o presidente Lula também disse que o Brasil está interessado em encontrar uma maneira de estabelecer relações comerciais com a China em moedas locais, prescindindo do dólar norte americano no comércio bilateral.
A crise financeira já deixa claro que o papel do dólar na economia global não continuará o mesmo. “Os encontro durante a visita de Lula podem possibilitar o início da criação de um novo sistema mundial de liquidações”, avalia Charles Tang, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC).
O pré-requisito deste esquema de auto-estima da moeda do país é uma forte reserva das moedas mundiais (seja dólar, euro, renminbi, real) e a perspectiva de continuar a gerar superávit no comércio internacional. As minhas perguntas:
- se o Brasil possui um bom estoque de renminbi e a China uma boa reserva de real
- se o volume de importação e exportação entre os dois países está aumentando ou é apenas morno diante da recessão global
Se as siderurgias da China pagam RMB para a Cia Vale do Rio Doce pela importação de minério de ferro, a Cia Vale converte RMB em real com os bancos brasileiros (ou Banco Central). Inversamente, o importador brasileiro abre uma carta de crédito ou faz pagamento para o exportador chinês em real.
Para o sistema funcionar bem, a importação e a exportação entre os dois países devem ser equilibradas. Senão vai se criar uma instabilidade da taxa de câmbio (RMB X real).
Alguém tem que começar a fazer o teste para ver como funciona, quais serão os problemas que vão surgir. Gostaria de me dedicar aos estudos deste novo “modus operandi”.

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