terça-feira, 4 de agosto de 2009

Sudeste da Ásia

Recessão econômica não é novidade para os países do Sudeste da Ásia. Na crise financeira há 10 anos, as companhias quebraram, os bancos “defaulted”, as bolsas caíram e as economias encolheram acima de 10% com os investimentos estrangeiros retraídos. Mas o Sudeste da Ásia engoliu a pílula amarga da austeridade, desvalorizou as moedas, pagou as dívidas e reestruturou os bancos.
Agora o Sudeste da Ásia está sofrendo novamente, vítima dos pecados do outro lado do globo. Desde o outono, as exportações despencaram com as recessões da China e dos Estados Unidos. Os investimentos estrangeiros pararam com as multinacionais restringindo seus gastos. “É frustrante mergulhar numa crise que não é nossa culpa”, disse o primeiro ministro da Tailândia.
Mas desta vez, os 10 países da Associação das Nações do Sudeste da Ásia (ASEAN) mostraram uma resistência surpreendente. Os bancos da região estão livres de ativos tóxicos e nem precisam de dinheiro salva-vidas dos governos. Os anos de superávit comercial e a alta taxa de poupança contribuíram para o recorde de reservas estrangeiras. As dívidas dos governos, das companhias e dos consumidores são minúsculas se comparadas com as dos Estados Unidos e da Europa. A inflação e a taxa de juros caíram dramaticamente. Esses países estão mais preparados para enfrentar a tempestade do que as outras economias do mundo.

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