quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ineficiência e Burocracia

Após meses sem movimentar a carteira de ações que tenho junto à corretora Unibanco/Investshop, telefonei, no final de 2009, para vender algumas ações. Um corretor atendeu, perguntou meu nome e CPF, e logo disse que a minha conta estava bloqueada. Para desbloquear é preciso fazer o recadastramento em atendimento à regulamentação da CVM. Ele me mandou um formulário por e-mail. Após preenchê-lo, o gerente do Unibanco de Porto Alegre precisou abonar a minha assinatura e enviar o formulário para o Investshop em São Paulo.
Após ter feito tudo isso, liguei novamente para o corretor para saber quando eu poderia vender ou comprar as ações. Ele respondeu que precisa esperar 8 dias úteis para receber o malote e mais 5 dias úteis para analisar.
Que ineficiência e burocracia!
Soluções:
a) Vender toda a carteira, e até logo.
b) Transferir todos as ações para a minha corretora em Porto Alegre
c) Trabalhar com homebroker na Internet; é mais eficiente, menos burocrático e se paga bem menos comissão (R$ 18,00 per trade)

Comentários, meus amigos investidores?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

New Oriental Education

A América é sempre vista como “the land of opportunity”, onde um jovem pode começar com nada, mas com trabalho e dedicação, pode subir na vida e na sociedade de acordo com sua capacidade e ambição. “The American Dream”.
Agora na sociedade chinesa já existe “The Chinese Dream”. A meta dos jovens é: “get educated, get a job, and get rich”. Para atingir essa meta, o percurso é: proficiência em inglês, um diploma universitário, MBA e Ph.D. no exterior.
Para atender a demanda por high education, já surgiram empresários com visão nesta área específica. A empresa, New Oriental Education (NYSE: EDU) é líder na educação privada na China.
O sistema de educação na China requer que os estudantes passem por diversos exames padronizados. A New Oriental prepara-os com cursinhos, aulas de inglês, etc. Para ser admitido em uma universidade de prestígio, o estudante tem que obter uma nota alta num exame padronizado chamado “gaokao” – o exame determinante da vida - que não somente determina a carreira, mas também o salário e o padrão de vida de toda a família.
O mercado é enorme. Os estudantes começam a ser preparados desde os 5 anos de idade; o número de estudantes atingiu 1,3 milhões; o faturamento é estimado em $ 10 bilhões. As aulas começam em Beijing e Shanghai e estendem-se pelo interior do país. Os cursos se expandem para o treinamento profissional: civil service, certified public accountant (CPA) e advocacia.
Os pais e avos só pensam na carreira da criança; juntam as poupanças para garantir o futuro do herdeiro.
No 3° trimestre, o faturamento subiu 47%, o lucro 32%, e o ganho sobre NAV, 17%. A ação (EDU, NYSE), subiu 250% desde 2006, enquanto S&P 500, no mesmo período, subiu 0%.
Não consigo descobrir uma empresa brasileira equivalente à EDU, que atue nesta área. São poucos os jovens que enriquecem jogando futebol. Para a maioria que quer subir na vida, o caminho é a educação, o diploma universitário, o MBA e o Ph.D. Alguém vai organizar uma empresa como a EDU e fazer IPO na bolsa?
“The Brazilian Dream”?

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Saúde e Educação

Um artigo na revista Business Week fez a seguinte pergunta:

Suponhamos que você tivesse $ 50.000 em cash, o que faria com o dinheiro?
A) reformar sua casa e remodelar seu banheiro
B) comprar um carro novo
C) tratar da artrite dos seus joelhos
D) pagar dois anos de colégio do seu filho na universidade do Estado

O autor do artigo acha que a maioria escolheria C e D, investimento em saúde e educação. Hoje em dia, A e B são luxos; C e D são necessidades.

Numa pesquisa de opinião (Gallup poll), 56% dos americanos consideram a educação o item mais importante do pacote de estímulos, mais do que o corte nos impostos. A verba destinada aos bancos e às companhias cria pouco efeito de estímulo. Mas fundos dirigidos às escolas e aos hospitais – contidos no programa de estímulo de Obama – são destinados para compra de equipamentos de hospitais, construção de prédios e criação de empregos – mais enfermeiras, técnicos de medicina, etc.

Em 2008, trabalhadores da área da saúde e educação aumentaram em meio milhão de pessoas, contrabalançando a queda de empregos no setor de manufatura. No estado de Michigan, com Detroit como a capital da indústria automobilística, saúde e educação contavam com 23,7% dos empregos, enquanto a manufatura caiu para metade disso, somente 12,5%. Nacionalmente, saúde e educação são estabilizadoras da economia, gerando empregos a passo firme, adicionando 5,3 milhões de empregos desde 1999.

Gastos com saúde e educação eventualmente terão que ser controlados daqui a 5 ou 10 anos. Por enquanto, escolas e hospitais são as melhores apostas para manter o mercado de trabalho.