terça-feira, 10 de maio de 2011

Política Monetária e Fiscal

Em 20 de abril de 2011, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, elevou a taxa Selic em 0.25% para 12% ao ano. A alta, porém, foi menor do que a maioria das projeções que previam elevação de 0,5%.

Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, criticou: “Manter a inflação baixa com juros altos é incoerente. O excesso de gastos públicos coloca mais dinheiro em circulação e canibaliza parte dos efeitos da Selic elevada. O resultado é o pior dos mundos: taxa de juros elevada, encarecimento da dívida pública e inflação resistente com perda de competitividade da indústria nacional por causa do câmbio valorizado”.

Para combater a inflação, existem dois lados: monetário e fiscal. Monetário é mais fácil. Para aumentar o juro, é só abrir a boca. Fiscal é mais trabalhoso. Para cortar as despesas, todos os ministérios e departamentos resistem. Cortem as suas despesas, mas não os meus subsídios.

Nos Estados Unidos, o cenário é o mesmo. Bernanke e o Fomc bastam decretar: “o juro permanece inalterado”. Para cortar gastos, os senadores e deputados querem cortar gastos dos outros estados da União, mas defendem os gastos de seus próprios estados eleitorais. Na família, o marido diz para a mulher: “você tem que diminuir os gastos”, e a mulher protesta: “não tenho como cortar mais gastos, é você que não ganha o suficiente!”.

O sucesso do crescimento econômico depende tanto da dosagem de juro pela autoridade monetária, quanto de cortes de gastos por todos os níveis da sociedade - federal, estadual e municipal. É fácil dizer: aumentar juro e cortar gastos combate a inflação; diminuir juro e aumentar gastos (até com déficit spendig) para combater a recessão. Mas a dosagem na execução da tarefa, pelo governo, é uma arte difícil e ainda tem que contar com o esforço de toda a sociedade.

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