terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A queda de juro

Desde a virada do ano, a Bovespa, com três semanas sucessivas de altas, atingiu 62.312 pontos, com valorização de 9,8%.

A trajetória da taxa Selic: do pico de 12,5%, em 20/07/2011, caiu 4 vezes de 0,5%, para 10,5% em 18/01/2012.

Todos os países do mundo estão baixando os juros para prevenir uma recessão.

Na China, o ritmo da inflação caiu para 4%, com a atividade da manufatura desacelerando de 9,8% para 8,8%.

Nos Estados Unidos, o presidente Obama não pode arriscar a reeleição com o desemprego em alta e o consumo doméstico em baixa. O FED já manifestou o prolongamento da política de taxa zero, que o mercado acha que vai continuar, pelo menos até a eleição (o FED não é tão independente num ano eleitoral).

A Europa, se não está em recessão, pelo menos não está crescendo (estagnação). Os preços dos bonds europeus, de Portugal, Espanha, Itália e Grécia, estão subindo e os juros caindo – uma percepção do mercado de que o pior já passou.

Num efeito dominó, os países do mundo, um após o outro, estão abrindo a torneira, injetando liquidez, baixando juros para aumentar o consumo e diminuir desemprego.

A ansiedade dos países em sair da recessão, a perspectiva de inflação baixa e de queda gradual e contínua de juro real no Brasil deve estimular a economia e a bolsa no ano em curso.

Um efeito colateral: juro real alto atrai capital estrangeiro. A conversão de dólar para real valoriza a moeda brasileira, com efeito de aumento de importação e diminuição de exportação, criando desequilíbrio no balanço de pagamento.
O governo e o Banco Central sabem muito bem que juro real alto e câmbio excessivamente forte não são benéficos para o bem estar da sociedade e do povo brasileiro.

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