quarta-feira, 7 de março de 2012

Taxa de Câmbio

No fim de fevereiro de 2012, o Banco Central Europeu repassou 529 bilhões de euros, com prazos de refinanciamento de três anos, a 800 bancos. O valor superou a estimativa do mercado, de 450 bilhões de euros.

Logo depois do anúncio, os negócios abriram no Brasil com forte demanda pelo real. O interesse pela moeda brasileira era apenas uma amostra da avalanche de recursos que pode aportar na esteira da súper injeção nos bancos europeus. Isso porque parte dos recursos emprestados pelo BCE acha seu caminho para mercados emergentes em busca de juro mais alto. O destino preferido é o Brasil.

No dia 28/02/2012, o dólar foi cotado abaixo de R$ 1,70 (R$ 1,6956). No dia seguinte o Banco Central interveio e o dólar subiu para R$ 1,7177.

As medidas adotadas pelo BC:

a) BC compra e estoca dólar, com freqüência diária
b) Taxação de IOF de 6% para entrada de dólar em troca por real
c) Continuar baixando a taxa de juro – na próxima reunião do Copom no dia 6 e 7 de março, cortar a taxa Selic em 0,75%, para 9,75%

Neste cenário, não vejo o dólar abaixo de R$ 1,70. Se o preço do petróleo baixar para $ 80 - $90, e o dólar ficar mais forte contra o euro e outras moedas do mundo, o real pode desvalorizar para 1,80.

Quando o dólar baixa para R$ 1,70, o BC compra dólar; quando sobe para R$ 1,80, o BC vende dólar. A oscilação entre 1,70 e 1,80 é a “faixa de estabilidade” que se especula para os próximos meses e no curso do ano de 2012.

Nenhum comentário: