terça-feira, 27 de agosto de 2013

A Taxa de Câmbio

Em 31 de julho de 2013, a taxa de câmbio comercial foi cotada a R$ 2,2758. Em 21 de agosto, o real depreciou para 2,4543, com queda de 7,28% em apenas 21 dias. Embora a desvalorização do real seja boa para os exportadores (como Marcopolo, Vale e as siderurgias), ela aumenta o preço dos produtos importados, contribuindo para a alta da inflação.

O Banco Central divulgou uma nota para tentar acalmar o mercado. A autoridade monetária afirmou que “a adequada condução da política monetária contribui para mitigar os riscos de depreciação cambial para a inflação”. Em outras palavras, “vamos subir o juro para combater a inflação”.

Este círculo vicioso de desvalorizar a moeda e aumentar o juro não pode continuar para sempre.

Em 22 de agosto, o dólar cedeu um pouco para R$ 2,4358. Mas em 23 de agosto, o dólar sofreu uma queda violenta de 3,5% para R$ 2,3502, sem nenhum motivo aparente. Diante dessa turbulência, os importadores e exportadores, os investidores domésticos e estrangeiros, estão todos perdidos, sem saber o próximo passo do Banco Central.

Teoricamente, juros altos atraem investidores estrangeiros a converter dólar em real para investir no Brasil. Mas diante da depreciação constante da moeda brasileira, os investidores se retraem. Em vez de trazer dólares para investimento, eles podem até pensar em se desfazer de investimentos e repatriar dólar para o país de origem. Os bancos dos países desenvolvidos, em vez de converter dólar para real para render juros altos no país, podem cessar e retirar as aplicações financeiras com medo de uma depreciação prolongada. O ganho em juro não compensa o prejuízo no câmbio.


Com o juro alto e depreciação cambial constante, os investimentos param; o consumo diminui; os protestos e greves proliferam, a economia entra em estagflação. Assim o Brasil não deixa de ser eternamente um país subdesenvolvido.

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