Em 31 de
julho de 2013, a taxa de câmbio comercial foi cotada a R$ 2,2758. Em 21 de
agosto, o real depreciou para 2,4543, com queda de 7,28% em apenas 21 dias.
Embora a desvalorização do real seja boa para os exportadores (como Marcopolo,
Vale e as siderurgias), ela aumenta o preço dos produtos importados,
contribuindo para a alta da inflação.
O Banco
Central divulgou uma nota para tentar acalmar o mercado. A autoridade monetária
afirmou que “a adequada condução da política monetária contribui para mitigar
os riscos de depreciação cambial para a inflação”. Em outras palavras, “vamos
subir o juro para combater a inflação”.
Este círculo
vicioso de desvalorizar a moeda e aumentar o juro não pode continuar para
sempre.
Em 22 de
agosto, o dólar cedeu um pouco para R$ 2,4358. Mas em 23 de agosto, o dólar
sofreu uma queda violenta de 3,5% para R$ 2,3502, sem nenhum motivo aparente.
Diante dessa turbulência, os importadores e exportadores, os investidores
domésticos e estrangeiros, estão todos perdidos, sem saber o próximo passo do
Banco Central.
Teoricamente,
juros altos atraem investidores estrangeiros a converter dólar em real para
investir no Brasil. Mas diante da depreciação constante da moeda brasileira, os
investidores se retraem. Em vez de trazer dólares para investimento, eles podem
até pensar em se desfazer de investimentos e repatriar dólar para o país de
origem. Os bancos dos países desenvolvidos, em vez de converter dólar para real
para render juros altos no país, podem cessar e retirar as aplicações
financeiras com medo de uma depreciação prolongada. O ganho em juro não
compensa o prejuízo no câmbio.
Com o juro
alto e depreciação cambial constante, os investimentos param; o consumo
diminui; os protestos e greves proliferam, a economia entra em estagflação.
Assim o Brasil não deixa de ser eternamente um país subdesenvolvido.
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