terça-feira, 20 de maio de 2014

Eleições versus Petrobrás

Depois de eleita Presidente em 2011, Dilma Rousseff estimulou o crescimento da economia com medidas de aumento de gastos públicos e salário mínimo além de mais empréstimos de bancos estatais. A inflação resultante foi atacada não pelo aumento de juros, mas pelo corte de imposto sobre vendas e pelo congelamento dos preços dos alimentos, gasolina e tarifa de ônibus, que têm grande impacto sobre o índice da inflação. Pesquisas de opinião pública em março de 2013 indicaram taxa de aprovação de 79% para a Presidente que será claramente a favorita para ganhar a eleição presidencial em 2014.

Mas a estagnação de crescimento acabou atingindo o bolso dos cidadãos brasileiros. As sucessivas altas de salário meramente acompanham a inflação. Endividado, o povo corta os gastos. A confiança do consumidor está caindo e a maior preocupação do povo é a continuação da subida dos preços.

No dia 9 de maio a Datafolha divulgou uma nova pesquisa indicando a realização de segundo turno nas eleições. Nas redes sociais, tucanos comemoraram o crescimento de Aécio Neves (PSDB), apesar dele ainda estar a 17 pontos atrás da Presidente Dilma. Os números de sondagem são compatíveis com a realidade do momento: a Presidente Dilma perdeu popularidade, mas se mantém em primeiro lugar, com 37% de intenções de voto. Como Eduardo Campos (PSB) tem 11% e os candidatos de outros partidos somam 7%, a cinco meses da eleição a pesquisa mostra que são reais as chances de segundo turno, o que é absolutamente natural.

O desgaste do PT é inevitável depois de 11 anos e 4 meses de governo. Dilma está sob ataque por conta do aumento da inflação e da crise da Petrobrás.

Entre os investidores da bolsa, a conversa foi: porquê a queda de popularidade de Dilma coincide com a ascensão de preços de Petrobrás? Esse fato demonstra claramente que os investidores não gostam de Dilma pelo o que ela fez com Petrobrás (e o resto do mercado) e aspiram à derrota de Dilma pela coligação dos partidos de oposição.


É interessante continuar acompanhando as pesquisas eleitorais que virão pela frente e a performance de preços das ações da Petrobrás. Gostaria de saber a opinião dos leitores do blog. Se essa coincidência vai continuar até a data da eleição.

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