terça-feira, 3 de março de 2009

Protecionismo dos Estados Unidos

Na primeira semana de fevereiro, 2009, o governo americano vinculou a concessão de verbas do plano de incentivo à economia à compra de produtos siderúrgicos (ferro e aço) produzidos nos Estados Unidos para obras de infra-estrutura.
O grito mundial contra o protecionismo foi imediato. Cinco organizações internacionais – Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BIRD), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) e Organização Mundial do Comércio (OMC) fizeram um alerta contra o protecionismo como receita para superar a crise.
Claro, o Brasil é o primeiro a cantar no coro. No Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, o Ministro Celso Amorim não descartou a possibilidade do Brasil se aliar à União Européia em um processo na OMC. O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse que o governo está revendo estes mecanismos.
Os Estados Unidos esqueceu que não é o único país em recessão. Os Estados Unidos pensa que com o pacote de estímulo poderá sair da recessão sozinho. Hoje o mundo é um só, recessivo ou próspero conjuntamente.
Além disso, protecionismo convida a retaliações. Se os Estados Unidos só compra “made in USA”, o mundo não comprará “made in USA” simplesmente.
Na primeira semana de fevereiro, a bolsa de valores já enxergou que essa cláusula de protecionismo não vai vingar. As ações de siderurgia, CSN, Usiminas, Gerdau (e Vale do Rio Doce) contribuíram substancialmente para a alta da Bovespa.

Um comentário:

Fernando Bonilha disse...

Caro John,
Em epocas de crise o protecionismo assim como todas outras manifestações de xenofobismo são atitudes espontaneas da natureza humana para se proteger ao se sentir ameaçada.
Todos nos concordamos com a importancia da integração do comercio internacional, mas podem notar que no mesmo dia em que o nosso Presidente Lula se reunia com o Primeiro Ministro da Holanda e faziam discursos de livre comercio, o noticiario da TV se mostrava indignado com o fato de que nenhuma grande empresa aerea brasileira usar aviões da EMBRAER!!!
Infelismente um dos sintomas do grande de ciclo de baixa que vivemos no mercado é o protecionismo.Infelismente apenas sintoma...