terça-feira, 9 de março de 2010

O próximo passo do FED

Por mais de um ano os bancos centrais do mundo mantêm a economia mundial respirando, injetando quantidade massiva de liquidez no sistema financeiro mundial. A dívida pública americana subiu para 7,7 trilhões, de 6,4 tri um ano atrás, e de 5 tri em 2007.
O juro continua baixo. O contrato futuro de dezembro de 2010 (que é um guia da expectativa sobre o custo do dinheiro de três meses no fim do ano) indica a taxa de 1.4%, 1% mais baixa do que em agosto de 2009. O contrato de euro para dezembro de 2010 reduziu de 2.6% em setembro de 2009 para 1.7% em janeiro de 2010. A versão em libra caiu de 2.4%, há dois meses, para 1.9%.
O mercado especula sobre a continuação do juro baixo, embora o mercado de ações sugira uma recuperação da economia mundial. Uma pesquisa recente entre economistas da Bloomberg indica que o FED não vai aumentar a taxa de juro até o terceiro trimestre de 2010.
O risco de erro no “timing” é considerável. Se o FED abandonar o juro zero cedo demais, ele poderia arruinar uma recuperação que já está abaixo da previsão, com crescimento de GDP de 2,2% no 3° trimestre, menor do que os 2,8% de expansão anteriormente projetada. Tarde demais, “cheap money” poderia criar inflação e novos “assets bubbles” que inicialmente conduziram à crise de crédito. A estória se repete!
O desafio de mudança da política monetária é o “timing” perfeito, que, em si já é uma tarefa dificílima. Ainda mais se o Congresso quer mexer com o FED (ver artigo anterior deste blog).
Um paralelo: o marido já tem uma vida difícil ganhando o pão de cada dia. E se a mulher se meter, mexer e criticar a toda hora tudo o que ele fala e faz, a vida fica insuportável. Coitado do Bernanke, e coitados dos maridos do mundo!

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