terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A saída para a crise financeira

A história tem demonstrado que quando os países sofrem com crises financeiras, eles saem do buraco via exportações. Desta vez, a crise financeira não se limita a um ou dois países. O declínio da produção econômica é mundial.

Países como a China, mesmo com altas taxas de crescimento, não estão aumentando as importações para estimular as economias fracas. A China se recusa a valorizar a sua moeda para manter sua fatia do mercado global. Guido Mantega, o ministro da Fazenda brasileiro, alertou recentemente para uma “guerra das moedas” (currency war). Matematicamente, é impossível que todos os países cresçam com exportações em alta e importações em baixa. Paul Krugman, Prêmio Nobel, economista, disse: “Não existe outro planeta para onde as exportações se destinam.”

O que pode ser feito para que o mundo restaure o crescimento econômico? A resposta não reside em “comércio” simplesmente!

Os economistas do mundo oferecem uma variedade de sugestões: inovações tecnológicas; “animal spirits” dos empreendedores; ou simples passagem do tempo.

Edmund Phelps, o outro Prêmio Nobel, economista da Columbia University, acha que alguns empreendedores vão pular na frente dos concorrentes, investindo pesadamente em novas tecnologias. Os concorrentes são forçados a responder aos desafios para não perder o mercado. Assim começa o ciclo virtuoso (por exemplo: iPad, da Apple, Android, da Microsoft, Blackberry, da Research In Motion).

O socorro pode chegar por conta de “wear and tear” e obsolescência. As empresas não podem prognosticar indefinidamente a renovação das estruturas e equipamentos (a demanda por Caterpillar cresce mundialmente).

A construção de casas tem sido tão lenta que dificilmente se prevê mais queda acentuada. O setor privado americano está gradativamente diminuindo a dívida. A recuperação dos setores financeiros leva anos, mas não uma década. As empresas americanas têm crescimento sadio, lucro e produtividade.

Talvez a salvação da economia americana resida na sua sonolência. Alan Greenspan, ex-chairman do Federal Reserve disse que não faz sentido estimular o “animal spirits” dos executivos enquanto eles continuarem a ter medo de outra calamidade financeira. O que se precisa é de um período extensivo de calma e tranqüilidade, para os executivos reencontrarem a confiança e pensar novamente em novas oportunidades.

Tenho confiança no Brasil e no mundo, sou um eterno otimista.

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