terça-feira, 16 de agosto de 2011

Duas semanas de turbulência

O Congresso Americano tinha que resolver a extensão da dívida pública antes de 2 de agosto de 2011, sob ameaça de que o país não poderia mais refinanciar a dívida e, conseqüentemente, se encontraria na situação de “default” (inadimplência). Na última hora os republicanos e democratas chegaram a um acordo e o “default” foi evitado.

O mercado se sentiu aliviado. Houve esperanças de que a bolsa abrisse em alta na segunda-feira, 1 de agosto. Mas a onde de pessimismo permaneceu. O mercado achou que o problema fiscal não foi enfrentado e a situação era mais grave do que parecia. O mercado caiu todos os dias na primeira semana de agosto.

Após o encerramento do pregão no dia 5 de agosto, a agência Standard & Poors rebaixou a nota de crédito dos Estados Unidos de AAA para AA+, diante da avaliação de dificuldade de contenção da dívida pública, e de que o acordo com o Congresso é apenas um esparadrapo sem soluções convincentes para reduzir o endividamento.

Na segunda-feira, 8 de agosto, a bomba estourou. As bolsas do mundo inteiro caíram violentamente. Dow Jones caiu 5,5%, Nasdaq caiu 6,9% e Bovespa caiu 8%. No final do dia, Moody’s, a segunda maior agência de classificação de risco justificou a decisão de manter a nota máxima (AAA) para a dívida dos Estados Unidos. Na avaliação da Moody’s, o aumento do limite de endividamento, definido em 2 de agosto, é um “passo numa boa direção, o da redução do déficit”.

O resto da semana recuperou, caiu novamente, e recuperou com a divulgação da diminuição do desemprego americano.

Durante as duas semanas de turbulência acompanhei as bolsas mundiais com nervosismo e angústia, porém, sem mexer na minha carteira. O caminho da recuperação é lento. Tenha paciência. Bovespa já caiu 22,8% no ano. Acho que a gente já viu o fundo do poço.


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