sábado, 21 de julho de 2007

Future Trading (4ª parte)

Anos atrás, como diretor comercial da Granóleo S.A. , um complexo industrial de soja, fiz muito future trading. A Granóleo compra soja dos agricultores e cooperativas, esmaga o grão, vende óleo no mercado nacional e exporta farelo para o mercado internacional.
O farelo de soja é vendido para multi-nacionais (Bunge, Toepfer, Continental Grain etc...) para embarques futuros. Para fixar o preço de venda por exemplo de 10.000 toneladas de farelo para embarque em setembro, eu tinha de vender 110 contratos de September future no Chicago Board of Trade (maior bolsa de mercadoria de futuros do mundo) e entregá-los para o comprador. O preço de venda de contrato futuro fixa o preço de farelo a ser embarcado em september. Assim o exportador fixa o preço e o importador fica long (comprado) em físico e short em chicago (na bolsa de mercadoria). Quando o importador vende adiante para o consumidor final (uma cooperativa de criadores de gado na Holanda, por exemplo), ele cobre em Chicago (unwind or reverte). Operação hedged, sem risco de flutuação de preços.

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