terça-feira, 19 de agosto de 2008

Keynesianos

Para o economista Paul Krugman, professor da Universidade de Princeton, o FED e o Tesouro Americano agiram corretamente ao socorrer as instituições financeiras. “Hoje somos todos keynesianos”, comentando que até os economistas mais conservadores apóiam a intervenção.

No meu tempo de estudante na Columbia University, destacavam-se 3 principais teorias econômicas: a de direita, a do meio e a de esquerda.
Adam Smith, The Wealth of Nations (laissez-faire)
John Maynard Keynes, The Theory of Employment, Interest and Money (intervention)
Karl Marx, Das Capita (total government control)

No auge da depressão americana, o presidente Franklin Delano Roosevelt (FDR) optou pela teoria e prática de Keynes. As intervenções do governo:
a) salário mínimo
b) preço mínimo para produtos agrícolas
c) estímulo ao consumo (prestação de 12 meses). A idéia revolucionária de Keynes é: “consumption creates production”, ao invés de “production creates consumption”. A esse respeito, as mulheres são as mais fiéis keynesianas: gastar em vez de poupar.
d) Taxa de juro baixa
e) Mortgage. Pagamento da casa própria em prestações de 20 anos
f) Deficit financing. Gastar mais do que arrecadar. Contruir estradas, pontes, usinas elétricas, infra-estrutura em geral.
Tinha até uma proposta dos economistas para que as notas de dinheiro tivessem data de vencimento. Se não fossem gastas perderiam a validade (a proposta não foi adotada).
O Presidente Hoover quis dar financiamento para a Ford reabrir as suas fábricas. Roosevelt quis financiar os compradores de automóveis. “Dois carros em cada garagem.” Roosevelt foi eleito.
A pergunta agora é: até aonde vai o socorro para as financeiras? Se socorrer somente as grandes, as pequenas serão deixadas no abismo. Ou socorrer todo mundo? Qual é o critério?
O socorro cria ou planta a semente da próxima crise. As financeiras, especulando que o governo federal não vai lavar as mãos, tendem a financiar empresas e casas com critérios menos rigorosos (subprime). Daí a crise se repetirá daqui a 5 ou 10 anos.

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