terça-feira, 17 de março de 2009

A taxa de juro mexicana

Após um corte no juro Selic de 1%, de 13,75% para 12,75%, o Banco Central, em 11 de março de 2009, reduziu novamente a taxa de juro para 11,25% (- 150 basis points).
Existe o dilema tradicional entre o Banco Central e o Ministério da Fazenda:
O Banco Central, observando a expansão dos gastos,
imaginava: “Bom, não vou poder ser muito agressivo porque já está acontecendo uma expansão agressiva do lado fiscal”.

O Ministério da Fazenda: “Bom, este BC é muito conservador. Vou ter que compensar do lado de cá com uma política fiscal mais expansionista”.

Armínio Fraga Neto, ex-presidente do BC, acha que o ideal seria um pouco mais de cautela do lado fiscal e o aproveitamento do espaço para redução dos juros. “Esta combinação é muito virtuosa, melhor do que o oposto”. Ele vê possibilidades de sucesso em uma política que combine ousadia na área monetária e conservadorismo no campo fiscal.
“Hoje há claras perspectivas de o Brasil alcançar, nos próximos meses, taxa real de juros de 2% a 4%, no nível de países emergentes como México e Chile”, ele conclui.

(ver artigo, neste blog, “O corte de juro”, de 11/11/2008)

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