terça-feira, 21 de julho de 2009

A China vai para o interior

A Business Week publicou, em 22/06/09, um artigo interessante.
Os estudantes da Southwest Jiaotong University, em Chengdu, estavam apresentando as estratégias de marketing para a Lenovo laptop. Os finalistas da competição ganham o direito de “internship” na matriz da companhia de computadores em Beijing. No final da apresentação, os estudantes cantaram: “Vamos para Beijing”.
Mas a Lenovo e outras multinacionais estão indo na direção oposta. Com o baixo crescimento das vendas e o aumento dos custos nas cidades do litoral, as companhias estão indo para o interior, como Chengdu e outras regiões do sudoeste, para expansão. 30% das vendas da Lenovo estão nas áreas rurais e em pequenas cidades, dobrando a percentagem de cinco anos atrás. A Intel fechou uma fábrica em Shanghai e dobrou as atividades em Chengdu. A Volkswagen está construindo uma fábrica de 735 milhões de dólares para fazer o Jetta Sedan, e a Toyota dobrou a capacidade de produção da sua fábrica na cidade.
“O sudoeste está imune aos problemas da China e do mundo”, disse o gerente regional da Lenovo, que no 1º trimestre do ano teve um aumento de 23% nas vendas na região, versus 4,4% da China toda.
Embora Beijing não esteja satisfeita com o “slowdown” no litoral, construir o interior e criar uma economia balanceada sempre foi uma prioridade nacional. “Desenvolver o oeste”, um programa introduzido em 2000, melhorou as estradas, aeroportos, estradas de ferro, usinas elétricas, fazendo o sudoeste mais atrativo para os investidores. Investimentos criam empregos. Empregos criam consumo. Lojas japonesas como Seibu, Isetan e Ito Yokado abriram suas portas em Chengdu; o Carrefour fez expansão na região; a Wal-Mart tem lá 25 super lojas (20% do total de lojas na China) e pretende abrir mais lojas este ano. “O sudoeste é crescente e vital”, disse o administrador da Wal-Mart na China, “estamos lá para ficar”.
E o nosso Brasil, vamos também interiorizar?

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