Nos últimos anos os Estados Unidos vêm pedindo e tentando persuadir a China a revalorizar a sua moeda, o yuan, a fim de reequilibrar o comércio bilateral dos dois países. O yuan subvalorizado torna os produtos chineses baratos, estimulando a exportação, e torna os produtos americanos caros, incentivando a importação. Além de se sentir mais pobre diante do déficit comercial perpétuo que atingiu quase um trilhão de dólares, os americanos perdem os empregos para os chineses.O governo chinês não diz sim nem não sobre a revalorização. Só diz que está pensando, analisando. Enquanto o mundo espera pela revalorização, a China pode estar longe de pensar no assunto.
Existem alternativas?
Para diminuir o superávit, a China pode optar pelo aumento de salários do povo ao invés da revalorização da moeda. Se subir o salário, a exportação diminui. Salário mais alto eleva o nível de vida desde que isso não cause inflação acelerada.
A China também pode estar estudando a interiorização de consumo. Em vez de ganhar mais divisas exportando para o exterior, vai encaminhar os produtos para o consumo popular no interior, beneficiando as áreas rurais.
A meu ver, a melhor solução seria o “free float” da moeda, ou seja, taxa de câmbio determinada pelo mercado, não pelo governo. Mas o regime atual – capitalismo sob controle do governo – quer controle sobre tudo, e a moeda em primeiro lugar. Neste momento, “free float” seria apenas um sonho.
No Brasil, o real é teoricamente uma moeda de “free float”, determinado pelo mercado. Mas de vez em quando o Banco Central mete a mão também. O governo julgou a taxa de câmbio de R$ 1,70 por dólar prejudicial à exportação, o Banco Central comprou dólar para impedir mais valorização do real. A Suíça e a Inglaterra não participam da União Européia porque cada país quer ser dono de sua própria moeda (não deixa o default da Grécia afetar diretamente o seu destino).
3 comentários:
Sr. Tong, aprecio muito seu trabalho de colocar no blog as notícias sobre os acontecimentos econômicos e analizá-los, procuro lê-las sempre quando são adicionados novos eventos. Gostaria de saber quais são os jornais principais, estrangeiros ou nacionas, que o senhor aconselharia ler para se manter informado sobre esses eventos.
Att. Diogo Dossena
Diogo, os principais são:
Business Week
Oxford Club Bulletin de Investimento
Bloomberg Television
Obrigado pelo interesse no blog,
um abs,
John.
Muito obrigado pela atenção,
um abraço,
Diogo.
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