terça-feira, 19 de outubro de 2010

A vida sem celular

Quando o celular toca você interrompe seu trabalho para atendê-lo. Um dentista interrompe o tratamento de canal enquanto o paciente atende seu celular. Uma pesquisa da Advertising Age revela que 15% dos americanos interrompem sexo para atender o celular.
Eu não tenho, e nunca tive um celular. Acho um incômodo carregar o aparelho no bolso, de dia, e na tomada, à noite. Quem quer se comunicar comigo liga para o meu telefone antes das 10h ou após as 18h. Quando estou ocupado, digo: “ligo de volta daqui a 15 minutos”, em vez de “me ligue daqui a 15 minutos”. O outro lado espera a minha chamada, eu não fico esperando a chamada dele (que muitas vezes não vem).
Melhor ainda, a conversação pode ser substituída pelo e-mail. Aí, eu escolho o momento conveniente para ler a mensagem.
O telefone celular distrai. No cinema, na reunião, em conferências, celulares são proibidos. Uma professora da Universidade do Colorado disse que “não atendo chamadas quando estou brincando com a minha filha, dando a ela a mensagem de que ela é menos importante do que a pessoa que está telefonando”.
Muita gente não quer perder seu tempo precioso com o celular. Warren Buffet não tem um celular, nem Mikhail Prokhorov, o bilionário russo. Para eles e outros, não ter um celular elimina a distração e aumenta a eficiência.
A maioria das conversas pelo celular entre os jovens trata de assuntos triviais. Assuntos importantes são tratados, e até idéias novas podem nascer, de uma conversa “face a face”, com o celular desligado.

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