terça-feira, 11 de setembro de 2012

Perfect Storm?

Nouriel Roubini, economista e professor da New York University, ganhou o apelido de “Dr. Doom” por sua previsão da crise financeira que começou em 2008. Numa entrevista recente, ele descreveu a atual situação política e econômica do mundo, em três cenários:


Cenário 1: continuidade das dificuldades econômicas e financeiras nas economias dos países desenvolvidos, mas não chegariam a uma outra turbulência global (perfect storm). A economia continuaria fraca, mas evitaria outra crise econômica financeira.
Cenário 2: “global perfect storm”, é o pior cenário. Na zona do euro, mais países perderiam acesso ao mercado, mais default, mais países deixariam a União Européia. O crescimento da economia americana pararia, e o país chegaria a ponto de “bubble bursting”. A China teria um “hard landing”. E os países emergentes deixariam de ter qualquer crescimento. No Oriente Médio, estouraria a guerra entre Israel/Estados Unidos e Síria/Irã. Esses cinco pontos negativos da economia mundial já estão a caminho neste ano e no próximo ano.
Cenário 3: otimista. A economia americana melhoraria, porém em ritmo lento. A zona do euro caminharia para uma união econômica, fiscal e política mais abrangente. A China conseguiria a aterrissagem suave (soft landing). Os países emergentes fariam as reformas estruturais necessárias para o crescimento. No Oriente Médio, o conflito e a guerra seriam evitados. Mesmo que tudo isso estivesse acontecendo, não esperaria que o mundo atingisse, em 2013, uma alta taxa de crescimento econômico (mercados emergentes talvez). Após mais 2 ou 3 anos de consolidação, as economias avançadas voltariam para o crescimento potencial, que seria o melhor cenário que a gente poderia pintar por enquanto.
Roubini acha que o cenário 3 (otimista) tem uma probabilidade de 10% de acontecer até o final de 2013 (em 18 meses); cenário 1 tem uma probabilidade de 55%; cenário 2, o pior de todos, 35%, ou um terço da probabilidade de uma turbulência global.
Os meus comentários sobre Roubini:
Não sei como ele calculou a percentagem de probabilidade atribuída a cada cenário. Cálculos científicos, matemáticos ou meramente um “chute” na escuridão do futuro imprevisível do mundo?
Como sou um eterno otimista, subscreveria o cenário 3, embora Roubini tenha atribuído a probabilidade de apenas 10%.

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